Mais do que árdua, a tarefa a que se propôs o arquiteto canadense Siamak Hariri era quase abstrata, tamanha a abrangência de sua proposta: construir um templo que contemplasse a união de todas as pessoas, para além de religiões, raças e gêneros, sem, no entanto, fazer referência a nenhum outro local religioso conhecido.

O desafio era como construir um templo para todas as religiões e, ao mesmo tempo, nenhuma delas. E depois de anos de pesquisa, Siamak Hariri enfim encontrou o local perfeito, nos arredores de Santiago, no Chile.

A única exigência de Siamak para construir seu nono e último Templo Bahá’í, uma filosofia monoteísta que enfatiza a união de toda a humanidade e de todas as religiões, era que o local fosse no formato de um eneágono, possuindo, portanto, nove entradas.

A ideia é simbolizar a entrada por todas as direções do globo, convidando todos os povos a por lá se reunirem para rezar, meditar ou apenas visitar o templo. E o esforço valeu a pena: o projeto já venceu cinco prêmios de arquitetura, incluindo o prêmio de Edifício do Ano do World Achitecture News, em 2010.

A luz natural parece protagonizar a arquitetura do templo, que de noite se ilumina com especial beleza, e que foi construído para se integrar com a natureza e convidar os visitantes a essa mesma integração – com a paisagem, as pessoas, nossas diferenças e semelhanças.

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