O terremoto de magnitude 7.8 que sacudiu a Nova Zelândia na última segunda-feira (14) foi tão poderoso que levantou o leito do oceano em até dois metros acima do nível da água, expondo sua textura interessante.

Na segunda-feira de manhã, a Ilha do Sul foi palco de um dos terremotos mais poderosos da sua história, que teve uma magnitude de 7,8 na escala de MMS e causou centenas de novos tremores, tsunamis, deslizamentos de terra e uma série de outros cataclismos.

O terremoto foi tão poderoso que levantou o leito do oceano em até dois metros acima do nível da água, expondo sua textura interessante.

O fenômeno foi observado na pequena cidade de Kaikoura, e tudo aconteceu tão rapidamente que quando os moradores locais foram investigar, ainda havia pequenos animais marinhos se rastejando pelo solo elevado.

Cientistas afirmam nunca terem visto nada semelhante.

“Nunca vi isso em um terremoto e é a primeira vez que observamos algo desse tipo”, afirma o geólogo marinho Joshu Mountjoy, do Instituto Nacional de Pesquisa da Água e Atmosfera da Nova Zelândia. “Vai levar um tempo até que isso vire o novo normal”, diz ele.

Este terremoto deixou mais de mil pessoas locais e turistas isoladas por deslizamentos de terra, sendo que duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

Seus efeitos foram tão intensos porque houve dois tremores simultâneos que aconteceram em falhas geológicas na ilha sul do País logo depois de meia noite.

Agora os neozelandeses temem que outros tremores secundários sentidos no local sejam um indicador de que outro grande terremoto esteja por vir a qualquer momento no próximo mês.

Os efeitos do terremoto são visíveis em toda a costa de Kaikoura. O que mais impressiona foi a rapidez com que tudo aconteceu: entre 90 segundos a 2 minutos.

Mountjoy explica que não houve uma única ruptura no leito oceânico, mas múltiplas delas.

Os pesquisadores agora se concentram em tentar descobrir como, exatamente, o terremoto alterou o relevo do litoral. Até agora há indícios de que a terra não só se moveu para cima, mas para os lados também.

Informações de GPS já mostram que o Cabo Campbell na região de Marlborough se moveu pelo menos de dois a três metros na direção horizontal e sentido nordeste, e o marégrafo do local apontou para um aumento da maré de 90cm.

A série de abalos mudou também fundamentalmente a estrutura do interior da Nova Zelândia, que ficou desfigurada com seis novas “cicatrizes” — grandes falhas geológicas em locais onde antes não existiam.

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