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Juan Manuel Santos, Presidente da Colômbia

Juan Manuel Santos, Presidente da Colômbia

O Comitê Nobel norueguês anunciou essa sexta-feira (7) que o o Nobel da Paz 2016 foi atribuído ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pelo acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

O Nobel da Paz foi atribuído a Juan Manuel Santos “por seus esforços resolutos para acabar com a guerra civil de mais de 50 anos no país”, que custou a vida de mais de 220 mil pessoas e obrigou à deslocação de mais de seis milhões de cidadãos.

O comitê norueguês afirma que a distinção a Juan Manuel Santos é também um tributo às vítimas da guerra no país.

As negociações de paz com a guerrilha marxista duraram quase quatro anos e o acordo histórico, assinado em 26 de setembro, prevê, entre mais de 150 pontos, prazos e locais para o desarmamento das guerrilhas, a desmobilização dos 5.765 combatentes e a conversão da guerrilha em movimento político legal.

Apesar de a constituição colombiana não exigir uma consulta ao eleitorado colombiano, o Presidente insistiu num plebiscito para dar “uma legitimidade maior” à paz, que classificou como “provavelmente a decisão de voto mais importante” que cada um dos colombianos teria de tomar em toda a sua vida.

Já depois dos colombianos terem rejeitado o acordo de paz em referendo – o “Não” ganhou com 50,21% dos votos contra 49,78%, num escrutínio em que a abstenção atingiu os 62% -, o chefe de Estado prometeu não desistir e já anunciou uma nova fase de diálogo.

“Solicitei a Humberto de la Calle, que confirmei como negociador chefe (…), que começasse discussões que nos permitam abordar todos os temas necessários para conduzir a um acordo e ao sonho de toda a Colômbia de acabar com a guerra com as FARC”, afirmou Santos, durante um discurso televisivo, transmitido na noite de segunda-feira.

Carlos Silva / Presidencia de la República

Juan Manuel Santos, Presidente da Colômbia

Nos últimos anos, as instituições dominaram o Nobel da Paz, tendo arrecadado três dos últimos cinco galardões: em 2012 foi a União Europeia, em 2013 a Organização para a Proibição das Armas Químicas e em 2015 o Quarteto para o Diálogo Nacional na Tunísia.

Este ano, havia 148 instituições entre os nomeados e a Save the Children era uma das favoritas à vitória, sobretudo por seu trabalho com crianças nos campos de refugiados na Síria e nos países vizinhos.

Ciberia / ZAP

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