O presidente dos EUA apresentou, nesta segunda-feira (19), um plano de luta contra as drogas, que prevê, em particular, o recurso à pena de morte para traficantes.
No domingo (18), um responsável da Casa Branca já tinha apresentado trechos do plano que pretende recorrer à pena de morte para traficantes de drogas, mas, nesta segunda, a confirmação veio do próprio Trump.
Na primeira visita a New Hampshire, estado muito atingido pelo que designou de “flagelo”, Donald Trump defendeu a necessidade de leis mais duras. Os EUA “têm que ser mais duros no combate às drogas e ser mais duro é aplicar a pena de morte”, afirmou, citado pelo Diário de Notícias.
Sobre a legislação, destaca-se a intenção de mudar formas de tratamento para reduzir o acesso às drogas, um maior controle sobre venda de medicamentos e a implantação de um sistema de controle eletrônico para 90% das embalagens que entram no país por via marítima e aérea.
Além disso, escreve o jornal, o chefe de Estado anunciou a intenção de canalizar mais de 6 bilhões de dólares para iniciativas de prevenção e tratamento.
Definida como uma verdadeira crise de saúde pública nos EUA, o combate à dependência em drogas foi designado pelo presidente como uma de suas prioridades. Em 2016, os EUA registraram cerca de 64 mil mortes por overdose, a maioria relacionada com opiáceos.
Segundo o jornal, no início do mês, em um comício na Pensilvânia, Trump já tinha abordado a hipótese da pena de morte, considerando que “um traficante de drogas mata 2 mil, 3 mil, 5 mil pessoas durante a vida” e nunca é punido como um “assassino”.
Além disso, durante uma reunião na Casa Branca, o presidente destacou que os países que recorriam à pena de morte contra os traficantes de drogas “tinham muito menos problemas” do que os EUA.
Ciberia // ZAP