Os imigrantes mortos em todo o mundo em 2016 aumentou 27% se comparado a 2015, e atingiu um total 7.763, informou a Organização Internacional de Migrações (OIM) nesta sexta-feira.
De acordo com o Centro de Análise de Dados Globais de Imigração (GMDAC) da OIM, as mortes e desaparecimento de imigrantes “aumentaram significativamente em muitas regiões do mundo”, entre elas no Mar Mediterrâneo, no Oriente Médio, no norte da África e na América Latina.
“Em 2016, a OIM documentou as mortes de 7.763 imigrantes no mundo“, afirmou em comunicado o diretor do GMDAC, Frank Laczko, o que representa uma alta de 27% com relação a 2015 e 47% com relação a 2014.
Mais de 5.085 imigrantes morreram no Mediterrâneo no ano passado, 34% a mais do que em 2015, quando foram registrados 3.784 falecimentos.
Este aumento aconteceu “apesar do maior esforço de busca e resgate” feito no ano passado frente ao ano precedente e a quantidade de mortes na rota do Mediterrâneo central “é chamativa”.
Em 2016, o número de mortes nesta rota foi “o maior registrado pela OIM desde 2014” e quase dobrou no ano passado, de uma média de 12 falecimentos por incidente em 2015 a 33 no ano passado, de acordo com a organização.
O organismo também observou um aumento no número de falecimentos na África, onde morreram pelo menos 1.280 pessoas em 2016, quase o dobro das registradas no ano anterior.
A OIM afirmou que, embora este aumento catalogado possa indicar um maior esforço de recolhimento de dados, a informação recopilada pelo Projeto de Imigrantes Desaparecidos da organização aponta às perigosas rotas no sul da Líbia, no leste do Sudão e no sul do Egito como resultado.
Por sua vez, o número de imigrantes registrado no continente americano, incluído o Caribe, também cresceu de maneira importante. De acordo com a OIM, foram 707 falecimentos na América Latina e no Caribe no ano passado, um aumento de 43% em comparação as 493 observados em 2015.
// EFE