Quatro caças F-35B e dois bombardeiros B-1B dos EUA realizaram, nesta segunda-feira (18), a simulação de um bombardeio sobre a Coreia do Norte, na sequência de mais um disparo de um míssil balístico de Pyongyang.
No exercício aéreo, participaram também quatro caças sul-coreanos F-15K, de acordo com a agência de notícias Ynohap, que cita fontes do governo de Seul.
Os exercícios aéreos decorreram três dias depois de a Coreia do Norte ter realizado o lançamento de um míssil que percorreu 3.700 quilômetros antes de cair no mar e depois de ter sobrevoado o arquipélago do Japão.
O disparo de sexta-feira (15) foi efetuado depois de terem sido aprovadas pelo Conselho das Nações Unidas novas sanções econômicas contra o regime de Pyongyang.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, alegou que este último lançamento visava “acalmar a beligerância dos EUA” e dar sinais de que o país asiático pode “estabelecer um equilíbrio de força real com os EUA e fazer com que seus governantes não se atrevam a falar de opção militar”.
Em resposta, Donald Trump acusou a Coreia do Norte de “total desprezo” pelos países vizinhos e pela comunidade mundial e destacou que os EUA têm opções militares “efetivas” e “esmagadoras”. Após a ameaça, os EUA iniciaram a simulação do bombardeio da península coreana.
O uso de meios aéreos e navais dos Estados Unidos, durante exercícios militares, são encarados na Coreia como uma prova de força e são habituais desde o dia 31 de agosto, altura em que foram enviados para a região os quatro caças F-35B e os dois bombardeiros B-1B.
Exercícios antimísseis
Por outro lado, forças da Coreia do Sul, EUA e Japão vão realizar um exercício antimísseis no final do mês, segundo anunciou um porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano.
A realização das manobras consta em um relatório militar que o Ministério da Defesa enviou para a Assembleia Nacional da Coreia do Sul, referindo que Pyongyang parece se aproximar da “fase final” de desenvolvimento de um míssil balístico intercontinental (ICBM), com o qual poderia atingir o território norte-americano.
O mesmo documento admite que o regime de Pyongyang pode vir a realizar “provocações estratégicas adicionais” a curto prazo, com novos testes de armamento.
Este exercício conjunto antimísseis surge num momento em que existem dúvidas sobre as capacidades reais dos aliados para interceptar um míssil de Pyongyang.
Ciberia // ZAP