Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (12) que se retiram da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), acusando a instituição de ser anti-israelense.
Os EUA conservam, no entanto, um estatuto de observador, acrescentou o Departamento de Estado, em vez da sua representação na agência da ONU sediada em Paris.
A porta voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, assegurou que “a decisão não surgiu superficialmente e reflete as preocupações dos Estados Unidos com as crescentes demoras nos pagamentos na UNESCO, a necessidade de uma reforma fundamental na organização e a tendência anti-israelense contínua na UNESCO”.
O comunicado do Departamento de Estado não oferece mais explicações ou argumentos. A porta-voz detalhou no seu comunicado que a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, foi notificada tanto da decisão dos Estados Unidos de se retirar da organização, como da sua intenção de estabelecer uma missão permanente de observação.
Entretanto, Irina disse “lamentar profundamente” a decisão norte-americana de se retirar da organização. “A universalidade é essencial à missão da UNESCO para construir a paz e a segurança internacionais face ao ódio e à violência, pela defesa dos direitos humanos e da dignidade humana”, disse Bokova em comunicado.
A retirada dos Estados Unidos da UNESCO entra em vigor no dia 31 de dezembro de 2018.
Israel segue os passos dos EUA
Israel anunciou que deve sair da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), depois de os Estados Unidos terem decidido o mesmo, condenando o que dizem ser o preconceito anti-israelense.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, “deu instruções ao ministro dos Negócios Estrangeiros para preparar a saída de Israel da organização, paralelamente aos Estados Unidos”, informou, em comunicado, o gabinete do chefe do Governo de Israel.