Um estudo publicado nesta terça-feira (4/8) pela revista da Royal Society britânica revela que há um vínculo entre a genética e as preferências políticas de cada cidadão.
A pesquisa, liderada por Richard P. Ebstein, da universidade de Cingapura, analisou o genoma de 1.771 estudantes universitários da etnia Han, a principal da China, e concluiu que há um vínculo entre uma variante genética e a tendência política.
Segundo os pesquisadores, o gene DRD4, que tem um papel na transmissão da dopamina, pode interferir nas nossas opções políticas, especialmente nas mulheres.
A dopamina influi em funções neurológicas como memória, aprendizagem e criatividade.
Nossas afinidades políticas podem estar ligadas à variante deste gene de que somos portadores.
Dezenas de estudos precedentes já haviam estabelecido vínculos estreitos entre a opinião política e alguns aspectos da nossa personalidade.
Os conservadores, que têm tendência a amar a ordem e uma vida estruturada, seriam mais coerentes ao tomar decisões, enquanto os liberais mostrariam uma maior tolerância diante da ambiguidade e da complexidade, se adaptando melhor a circunstâncias inesperadas.
O estudo destaca que as tendências políticas de cada um também dependem de fatores conjunturais e educativos.
“Todos estes fatores devem ser levados em conta para entender as diferentes sensibilidades políticas e a biologia não pode ser ignorada”, diz o pesquisador.