Embora sejam muitas as rochas espaciais maciças passando apenas a alguns milhões de quilômetros de distância do nosso planeta o tempo todo, há alguns asteroides que podem atingir a Terra, representando uma ameaça real.
Mesmo que as probabilidades de um asteroide gigantesco colidir com a Terra sejam aparentemente reduzidas, relegando essa ameaça particular para o domínio da ficção científica e dos filmes de desastres, os investigadores continuam trabalhando no desenvolvimento de meios para mudar a trajetória destas rochas espaciais massivas, só por precaução.
De acordo com o ABC News, em 2021, o projeto Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (DART, Double Asteroid Redirection Test) da NASA deverá “demostrar a técnica de impacto cinético em um asteroide duplo, causando uma colisão contra o asteroide menor, para ver o quanto ele poderá ser movido”.
“A questão é, se você afastar algo com anos de antecedência, não é necessário afastá-lo muito. É uma rocha do tamanho de um arranha-céus. A ideia é atingi-la com uma nave espacial do tamanho de um carro pequeno, e ao fazê-lo, a energia e o impulso do impacto iriam afastá-la ligeiramente da sua órbita”, disse Pete Worden, conselheiro do Luxemburgo no campo de recursos espaciais.
Existem outras técnicas que estão sendo desenvolvidas pelos cientistas, inclusive um “enorme laser”, uma “nave espacial de pequenas dimensões”, que usaria a força de repulsão elétrica solar para mudar a trajetória do asteroide sem sequer tocar no corpo rochoso. É um método que envolve “essencialmente a aspersão de tinta de um lado do asteroide, o que faria com que ele fosse aquecido pelo Sol de forma diferente”, levando-o a alterar a sua trajetória ao longo do tempo.
Lindley Johnson, responsável pela área de Defesa Planetária da NASA, disse à mídia que, embora haja muitos asteróides passando nas proximidades do nosso planeta, são os que estão em rota de colisão direta com a Terra que representam maior ameaça, e que a humanidade deve se preparar para essa eventualidade.
“Algum dia a Terra será atingida novamente. A questão é saber quando, e nós queremos estar preparados para isso”, disse Johnson.
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