Líderes da América Latina reagiram à morte do ex-presidente cubano Fidel Castro, um dos mais importantes líderes mundiais, morreu na noite desta sexta-feira aos 90 anos.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que ficou “afligido com a partida do irmão comandante Fidel”, em declaração à rede de televisão Telesur. “Acompanhamos neste momento tão difícil o povo cubano, o povo anti-imperialista”, acrescentou Morales.
O presidente boliviano disse que a maior homenagem a Fidel “é a unidade dos povos do mundo, é nunca esquecer sua resistência ao modelo imperialista e ao modelo capitalista”. Morales lembrou que Cuba enviou médicos a seu país, para atenderem de graça.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, lamentou a morte de um líder que lutou pela “dignidade e justiça social em Cuba e na América Latina”.
O presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro disse que cabe agora a todos os “revolucionários do mundo continuar o caminho” de Fidel, que ele chamou de “gigante da humanidade”.
Ele lembrou da grande amizade entre Fidel Castro e o ex-presidente venezuelano, Hugo Chávez, que governou o país de 1999 até sua morte em 2013. Chávez morreu em Cuba, onde tratava um câncer.
O presidente venezuelano publicou em sua conta no Twitter fotos de Fidel Castro em que ele aparece, entre outros, acompanhado de Hugo Chávez, do presidente da Bolívia, Evo Morales, e do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela.
Um dos líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Luciano Marín Arango, destacou que Cuba desempenhou um papel fundamental nas negociações para o acordo de paz entre o governo e as Farc – a maior guerrilha do país e a mais antiga da América Latina.
“Que o acordo de paz seja nossa homenagem”, disse Arango, conhecido pelo codinome Ivan Márquez, chefe da equipe negociadora das Farc, que fechou o acordo de paz com o governo colombiano em Havana.
As Farc, como outros grupos guerrilheiros da América Latina, se inspiraram na Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro. Seu irmão, Raúl Castro, ajudou a mediar o acordo com o presidente Juan Manuel Santos. O pacto será votado no Congresso colombiano na semana que vem – durante os nove dias de luto decretados em Cuba pela morte de Fidel.
No Twitter, o presidente Juan Manuel Santos lamentou a morte do líder cubano e solidariedade a Raúl Castro e ao povo cubano. “Fidel Castro reconheceu ao final da vida que a luta armada não era o caminho. Contribuiu assim para o fim do conflito colombiano”, disse.
Na Argentina, a ministra das Relações Exteriores, Suzana Malcorra, disse que a morte de Fidel Castro fecha “um importante capítulo da história latino-americana”.
Na opinião dela, Fidel entregou o poder ao irmão, Raúl, porque sabia que era hora de fazer mudanças em Cuba. A mais importante foi a reaproximação com os Estados Unidos, depois de meio século de rompimento.
Malcorra disse, em entrevista à imprensa local, que espera que o processo, iniciado pelo presidente norte-americano Barak Obama, continue com seu sucessor, Donald Trump – apesar das objeções do Partido Republicano.
O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez, expressou a solidariedade com Cuba após a morte de Fidel Castro. “Fidel viverá para sempre nos corações dos povos solidários que lutam por justiça, dignidade e fraternidade.”
O presidente do Equador, Rafael Correa, também expressou condolências a Cuba após a morte de Fidel Castro. “Partiu um grande. Morreu Fidel. Viva Cuba! Viva a América Latina!”, disse na rede social Twitter.
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, lamentou a morte do líder da Revolução Cubana. “Fidel Castro foi um amigo do México, promotor de uma relação bilateral baseada no respeito, diálogo e solidariedade”.