O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que era cotado para subsituir Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado, também foi atingido no peito pela delação da Odebrecht.
Eunício Oliveira, apelidado de Índio, teria recebido, segundo o delator Cláudio Melo Filho, R$ 2,1 milhões para facilitar uma medida provisória que concedeu incentivos tributários à indústria petroquímica, onde quem manda é a empreiteira, dona da Braskem.
O diretor da Odebrecht diz ter relatado ao patrão Marcelo que Eunício estava obstruindo a MP. “Que maluquice, o que ele ganha com isso?”, questionou Marcelo. “O de sempre“, respondeu Melo Filho.
Segundo o delator Claudio Melo Fillho, os pagamentos teriam sido recolhidos por Ricardo Augusto, sobrinho e preposto do senador cearense.
“O valor foi dividido em duas parcelas, sendo uma paga em Brasília e outra paga em São Paulo, entre outubro de 2013 e janeiro de 2014″, disse Melo Filho.
Todos os pagamentos, que também teriam envolvido os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), seriam contrapartidas pela MP 613, que teria permitido à Odebrecht economizar muito mais em impostos.
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