Hillary Clinton admite voltar a concorrer à Presidência dos EUA, cargo para o qual se considera muito bem qualificada, salientando desde já a necessidade de melhorar as relações internacionais dos Estados Unidos, noticiou nesta terça-feira (30) o New York Times.
“Bem, gostaria de ser presidente”, afirmou Hillary Clinton, na sexta-feira (26), em entrevista concedida, com uma plateia ao vivo, ao portal de internet especializado em tecnologia Recode.
“Sinto que estaria muito bem qualificada para esse trabalho, depois de ter estado oito anos no Senado e chefiado o Departamento de Estado”, realçou a candidata presidencial dos democratas nas eleições de 2016.
Em particular, apontou que a melhoria da imagem e das relações internacionais dos EUA “será um esforço sério”, referindo-se à deterioração das ligações com alguns dos mais importantes aliados norte-americanos desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca.
Durante o início da entrevista, a ex-primeira-dama mostrou-se reticente em disputar uma futura eleição presidencial, respondendo com duas negativas claras à jornalista que a entrevistava, mas pouco depois esclareceu sua posição.
Ela detalhou que só vai pensar seriamente na possibilidade de voltar a concorrer à Casa Branca depois das eleições legislativas, que serão realizadas no próximo mês de novembro. “Nem sequer vou começar a pensar nisso até que passemos as eleições de 6 de novembro”, garantiu.
Hillary Clinton começou a participar em mais eventos públicos num momento em que os EUA se encaminham para importantes eleições legislativas, nas quais os democratas têm a esperança de obterem a maioria na Câmara dos Representantes e no Senado.
Na semana passada, ela falou durante um evento de angariação de fundos a favor da candidata democrata ao Congresso Donna Shalala, presença que, apontou o New York Times, foi criticada por alguns membros do Partido Democrata, alegando que não é uma figura popular e que deveria se retirar da vida pública.
A ex-secretária de Estado, cargo que desempenhou durante quatros anos na Presidência de Barack Obama, rebateu as críticas na entrevista, classificando-as de sexistas, comparando-as com as feitas a outros antigos candidatos presidenciais.
“Não vi qualquer tipo de artigo dizer a Al Gore que desaparecesse, ou a John Kerry que desaparecesse, ou a John McCain ou a Mitt Romney que desaparecessem”, afirmou.
Ciberia, Lusa // ZAP