A chefe da polícia da cidade norte-americana de Minneapolis se demitiu nesta sexta-feira (21) a pedido da presidente da câmara, depois de a polícia ter matado a tiro uma mulher desarmada.
A australiana Justine Damond, professora de ioga e meditação, de 40 anos, foi morta no dia 15 de julho por um dos dois polícias que responderam ao seu telefonema para os serviços de emergência relatando uma possível agressão em uma rua próxima do local onde residia, em Minneapolis, no estado do Minnesota.
O caso, de grande repercussão internacional, resultou em várias críticas à atuação da chefe da policia de Minneapolis, Janee Harteau, que acabou se demitindo a pedido do prefeito da cidade, Betsy Hodges.
“Perdi a confiança na chefe da polícia, e vários contatos com residentes locais me permitiram perceber que eles também não têm confiança nela”, declarou, em comunicado, na sexta.
Hodges anunciou que Medaria Arradondo, até aqui diretora-adjunta da polícia, irá substituir Harteau no cargo. Arradondo foi a responsável pela gestão da crise causada pelo homicídio da australiana. Harteau estava em férias, como afirmou na quinta-feira (20) às televisões locais.
Os anúncios não acalmaram a indignação popular e a coletiva de imprensa de Hodges, na sexta à noite, foi interrompida por um grupo de manifestantes exigindo a demissão da prefeita. Betsy Hodge garantiu que irá se manter nas suas funções.
Uma das principais críticas apontadas à polícia de Minneapolis é a de que no dia do incidente as câmaras individuais dos agentes estavam desligadas.
Matthew Harrity, policial que conduzia o veículo, foi surpreendido por um forte barulho momentos antes de Justine Damond se aproximar da viatura. De acordo com as autoridades, foi o agente que seguia no lugar do passageiro, Mohamed Noor, que disparou contra a australiana, matando-a.
Segundo indicou na sexta-feira o gabinete dos assuntos criminais do Estado do Minnesota, Mohamed Noor continua a recusar responder às autoridades.
// ZAP