A senadora de Estado do Missouri, Maria Chappelle-Nadal, está sendo investigada pelos serviços secretos norte-americanos, depois de ter feito uma publicação no Facebook onde dizia que esperava que Donald Trump fosse assassinado.
A senadora democrática publicou um comentário no Facebook onde escreveu “Espero que Trump seja assassinado”, conforme transcreve o jornal local St. Louis Post-Dispatch. Ela apagou a publicação, mas seu desabafo já tinha sido compartilhado e divulgado pela mídia.
Depressa choveram críticas e até dentro do Partido Democrático há quem peça a demissão de Maria Chappelle-Nadal. Ao jornal, a senadora diz que se arrepende do que publicou, mas também que não pretende abandonar o cargo. “Não sinto aquilo que escrevi”, salienta Maria Chappelle-Nadal.
“Não vou me demitir. O que disse está errado, mas não vou deixar de falar daquilo que levou a isso, que é a frustração e a raiva que muitas pessoas, por toda a América, estão sentindo neste momento”, acrescenta.
Os Serviços Secretos abriram, entretanto, uma investigação, conforme aponta o St. Louis Post-Dispatch. Nos Estados Unidos, é crime ameaçar a vida do presidente ou sugerir seu assassinato.
Recentemente, o ator Johnny Depp lançou a polêmica durante um Festival no Reino Unido, ao perguntar “Quando foi a última vez que um ator matou o presidente?”, no que foi encarado como uma sugestão de assassinato do presidente Trump. Em 1865, o presidente Abraham Lincoln foi assassinado pelo ator John Wilkes Booth.
Os EUA vivem um momento particularmente delicado por causa dos confrontos violentos nas ruas de Charlottesville, no Estado da Virgínia, entre indivíduos da extrema-direita e antifascistas que protestavam contra o movimento supremacista.
A forma como Trump reagiu ao caso que provocou uma morte, uma jovem atropelada por um neonazista, tem suscitado vários protestos.
O presidente dos EUA disse que “há erros dos dois lados” e há quem lhe aponte o dedo por não condenar declaradamente os supremacistas brancos que convocaram a manifestação, entre os quais está o ex-líder da Ku Klux Klan.
Maria Chappelle-Nadal tem divulgado, nas últimas horas, várias publicações no Twitter, onde vinca que tem sido alvo de racismo, no seguimento destes episódios e depois do seu desabafo polêmico no Facebook.
A senadora democrática é uma ativista dos direitos afro-americanos e tem assumido, nas redes sociais, posições muito críticas relativamente à presidência de Trump.
// ZAP