Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou por 450 a favor, 10 contra e 9 abstenções a cassação do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha
Logo após a notícia de sua prisão, na tarde de quarta-feira (19), o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi excluído do grupo de WhatsApp formado pela bancada do PMDB na Câmara.
Apesar de ter tido o mandato cassado há mais de um mês, o peemedebista ainda era membro do grupo no aplicativo.
De acordo com relatos de parlamentares do PMDB, o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), administrador do grupo, excluiu Cunha às 13h35, cerca de meia hora depois da prisão e após saber que a PF tinha apreendido o celular do ex-deputado.
Com a exclusão, os investigadores não terão mais acesso às novas conversas da bancada, embora possam ler debates anteriores, de quando Cunha ainda era membro do grupo.
Correligionários do ex-deputado também evitaram comentar a prisão no grupo da bancada no WhatsApp. De acordo com relatos de parlamentares peemedebistas, o assunto foi pouco falado nas conversas do grupo.
Os deputados do partido optaram por comentar o tema em conversas reservadas no aplicativo ou em ligações telefônicas.
Eduardo Cunha foi preso preventivamente cerca das 13 horas de quarta-feira, no apartamento funcional da Câmara onde morava, em Brasília. A ordem de prisão foi dada pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato na primeira instância. De Brasília, foi levado para Curitiba, onde Moro atua.