Ao chegar para seu primeiro depoimento ao juiz Sérgio Moro, o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha leu uma carta em que diz ter “um aneurisma como o de dona Marisa”.
Segundo sua defesa, Eduardo Cunha diz que precisa de cuidados que não seriam possíveis no Complexo Médico Penal de Pinhais, onde está preso desde outubro. Ao fim da audiência, a defesa protocolou na Justiça Federal de Curitiba um pedido de liberdade de Eduardo Cunha.
O ex-deputado e ex-presidente da Câmara prestou depoimento sobre a acusação de que recebeu R$ 5 milhões em propina referentes ao esquema envolvendo o projeto do campo de petróleo de Benin, na África, segundo as investigações da Operação Lava-Jato.
A defesa disse ao GLOBO que desconhecia o teor da carta levada por Cunha ao juiz Sérgio Moro. O ex-deputado ainda levou um calhamaço de papéis para que fossem consultados durante seu depoimento.
Iniciamente, o processo do ex-deputado corria no Supremo Tribunal Federal (STF). Quando Eduardo Cunha foi cassado, perdeu o foro privilegiado, e o processo passou para Curitiba.
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