Um médico chinês foi condenado a dois anos e meio de prisão por infectar cinco mulheres com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Duas das pacientes estavam grávidas.
De acordo com a imprensa local, Zhao Jinfang foi condenado a dois anos e meio de prisão por infectar cinco mulheres com HIV, devido a procedimentos médicos negligentes. Duas das pacientes infectadas estavam grávidas.
O médico assumiu culpa por negligência, quando em dezembro de 2016 reutilizou material durante extrações de sangue àquelas pacientes, provocando a transmissão do HIV.
O próprio especialista informou o hospital sobre os procedimentos negligentes, pelo que o tribunal ditou uma pena de dois anos e meio de prisão, explica o jornal oficial Global Times. Nas redes sociais, o caso despertou polêmica. Muitos internautas consideraram a sentença muito leve, tendo em conta que o acusado “arruinou a vida de cinco pessoas”.
A Lei Criminal da China contempla penas de até três anos de prisão para pessoal médico que causa a morte ou lesão do paciente, devido a negligência.
Segundo o Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids, há pelo menos 500 mil pessoas infetadas com o vírus no país asiático. A China é a nação mais populosa do mundo, com cerca de 1,4 bilhão de habitantes.
O primeiro boom da Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, na sigla em inglês) na China aconteceu em meados dos anos 1990, na província de Henan, quando centenas de milhares de camponeses pobres ficaram infectados, devido a um esquema ilegal de comércio de sangue.
O sangue de diferentes origens era misturado e, depois de extraído o plasma para ser vendido à indústria de biotecnologia, injetado de novo nos camponeses, para evitar anemias.
Ciberia, Lusa // ZAP