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A exposição cancelada pelo Santander, Queermuseu
A exposição Queermuseu vai, finalmente, estrear no Parque Lage, no Rio de Janeiro, no dia 18 de agosto, depois de ter sido cancelada em Porto Alegre e rechaçada pelo prefeito Marcelo Crivella. A exposição foi viabilizada através de vaquinha virtual.
No ano passado, a mostra, que tem obras de artistas brasileiros seminais, como Candido Portinari, Alberto Guignard, Lygia Clark e Adriana Varejão, foi cancelada pelo Santander Cultural, em Porto Alegre, e vetada pela prefeitura carioca no Museu de Arte do Rio (MAR), por ser considerada imoral por movimentos conservadores.
A fim de contrariar a censura imposta, o Parque Lage realizou uma campanha de financiamento coletivo, na qual bateu recorde de maior campanha realizada no Brasil, chegando a marca de mais de R$ 1 milhão e 1.678 de participantes.
Inicialmente, a meta foi fixada em R$ 690 mil, após essa primeira etapa a meta foi aumentada mais duas vezes: a segunda em R$ 890 mil e a terceira em R$ 1 milhão, que foi ultrapassada por R$ 81.176, acarretando na ampliação do projeto. Alcançou-se o objetivo para reforma das Cavalariças do Parque Lage, onde ficará hospedada a exposição.
Como recompensa para os apoiadores do financiamento coletivo, foram oferecidos diversos benefícios, dentre eles, camisa com o tema “Quanto mais Queer melhor”, catálogos, obras e múltiplos cedidos gratuitamente pelos artistas: Rosângela Rennó, Nino Cais, Marcos Chaves, Matheus Rocha Pitta, Paulo Bruscky, Guto Lacaz e Carla Chaim.
Ciberia // Revista Fórum
Em um país subdesenvolvido como o Brasil, a arte é qualquer coisa, inclusive pornografia.