O ano de 2018 foi histórico para os eSports. Além do crescimento de receitas e de premiações, os números de audiência voltaram a bater recordes. No entanto, a promessa é que este ano seja ainda mais positivo.
Enquanto isso, no Brasil, o investimento interno ainda é tímido. A busca por uma melhor representatividade, no contexto mundial, continua como principal objetivo por aqui.
Um dos primeiros números positivos do ano foi exatamente na audiência. Segundo
dados divulgados pela Twitch TV, algumas competições conseguiram atrair quase 2 milhões de usuários novos para a plataforma.
Além disso, o evento E3, um dos mais importantes deste cenário, contou com quase 3 milhões de visualizações simultâneas via streaming. São números que superaram expectativas criadas anteriormente.
Porém, não foi apenas a audiência que cresceu, mas também a receita. Em 2018, os principais campeonatos de eSports renderam apenas em premiações mais de US$ 130
milhões. Um aumento de quase 200%, em comparação com 2017. As receitas finais do
mercado dos jogos já estão girando em torno dos US$ 900 milhões.
Os números no Brasil também são positivos, apesar de ainda distantes da Europa ou dos
Estados Unidos. Segundo pesquisa da Newzoo, a audiência brasileira no eSports gira
em torno dos 18 milhões de espectadores.
No entanto, apenas 7 milhões desse total acompanham de maneira efetiva alguns campeonatos, enquanto o resto do público é apenas ocasional.
Por conta disso, o mercado brasileiro de eSports ainda precisa de mais atenção e um
público fixo. Em 2019, a meta é que isso continue a ser o principal objetivo de times e
organizadores.
Já foram confirmados, pelo menos, dois ou três torneios oficiais de grande porte por aqui. Rio de Janeiro e São Paulo continuam a ser os principais pontos do país, neste cenário.
Patrocínios e acordos comerciais
Essa busca por melhorar o mercado de eSports é por conta do futuro promissor. Atualmente, os jogos eletrônicos são, junto com o cinema e as séries, os principais meios de entretenimento mundial.
Por conta do tamanho populacional, o Brasil tem um grande potencial para tirar proveito deste mercado, mas para isso precisa de uma evolução rápida que já acontece no estrangeiro, principalmente com os eSports.
Atualmente, o mercado de jogos eletrônicos conta com dois tipos de apoios de empresas. De forma direta, com os patrocínios, ou então de forma indireta.
Por exemplo, os portais de apostas esportivas possuem categorias específicas nos sites para os eSports. Ou seja, a página vira uma enciclopédia para quem quer conhecer as
principais equipes, as maiores competições e o jogos que estão em alta.
De forma indireta, isso faz com que o interesse em acompanhar os torneios cresça e os dois mercados se ajudem.
No entanto, a forma mais comum de apoio ainda é diretamente. Empresas de diferentes áreas, mas principalmente do ramo da tecnologia, estão cada vez mais investindo e patrocinando times.
São desenvolvedores de acessórios e periféricos para computador, ou então até lojas que vendem equipamentos exclusivos para aspirantes a jogadores profissionais. Sempre com o objetivo de estampar o nome da marca.
O Brasil ainda está ganhando força no cenário, principalmente quando o assunto é
investimento. A maioria dos eventos por aqui possuem patrocínio de empresas públicas,
como foi na Brasil Game Show de 2018.
O Banco do Brasil foi responsável pelo principal apoio financeiro do evento. A expectativa é que isso mude nos próximos anos, e que o cenário do eSports nacional consiga chamar a atenção de empresas, não apenas brasileiras, mas também do exterior.