Astrônomos descobrem a menor galáxia satélite da Via Láctea

Z. Levay and R. van der Marel, STScI; T. Hallas; and A. Mellinger / NASA, ESA

A Via Láctea

A Via Láctea

Astrônomos observaram através do Telescópio Subaru, no Japão, uma nova galáxia satélite da Via Láctea. Os especialistas acreditam que este é o menos brilhante companheiro já descoberto da nossa galáxia.

A pequena galáxia, chamada Virgem I, junta-se a cerca de 50 companheiras conhecidas da Via Láctea. Ela está localizada a 280.000 anos-luz de distância e tem 124 anos-luz de diâmetro – algo minúsculo mesmo para uma galáxia anã. Como comparação, a Via Láctea tem cerca de 100.000 anos-luz de diâmetro.

A galáxia satélite foi descoberta apenas recentemente porque estava abaixo do limite de detecção de pesquisas anteriores.

Do nosso ponto de vista, a luz da Virgem I é 1,5 bilhões de vezes mais fraca do que a Grande Nuvem de Magalhães, a maior companheira da nossa galáxia, e é ainda mais fraca do que a maioria das estrelas.

A galáxia tem uma magnitude absoluta de -0,8, o que faz dela 1,6 vezes mais fraca do que o nosso Sol, que é bastante médio. Publicada no Astrophysical Journal, esta descoberta implica que a nova galáxia poderia ser a primeira de muitas companheiras anãs ultra-fracas.

“Esta descoberta implica centenas de pequenos satélites anões à espera de serem descobertos ao redor da Via Láctea”, disse o autor principal, Masashi Chiba, pesquisador da Universidade de Tohoku, no Japão.

“Descobrir quantos satélites estão realmente lá e quais propriedades eles têm nos dará uma pista importante para entender como a Via Láctea se formou e como a matéria escura contribuiu para isso”.

Mais galáxias pequenas

Acredita-se que as estruturas do Universo se formam de forma ascendente, o que significa que as coisas maiores ficaram tão grandes ao acumular muitas coisas pequenas. Galáxias grandes, como a Via Láctea, são conhecidas por canibalizar suas companheiras menores, roubando seus gases e estrelas.

A presença de uma grande população de pequenas galáxias pode resolver alguns dos problemas com a nossa compreensão atual do cosmos.

O “problema das galáxias anãs” é uma dessas questões. As simulações sugerem que deve haver mais galáxias pequenas do que o que observamos, e talvez a solução seja que nossos instrumentos estão ficando bons o suficiente somente agora, e simplesmente tenhamos ignorado muitos dos objetos lá fora.

Virgem I foi encontrada na versão inicial dos dados da Pesquisa Estratégica Subaru. Os dados representam apenas cerca de 0,3% de todo o céu.

Portanto, pode haver muitas mais galáxias como ela lá fora.

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