O ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, foi condenado nesta quarta-feira (6) a uma nova pena de prisão.
Segundo a juíza federal Gabriela Hardt, o petista deverá cumprir mais 12 anos e 11 meses de detenção ligados à ação penal sobre as reformas realizadas no sítio de Atibaia.
O ex-chefe de Estado, que está detido em Curitiba desde abril de 2018, já cumpre uma pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele foi condenado no caso do tríplex do Guarujá, em São Paulo.
Agora, Lula foi condenado em primeira instância pelas reformas realizadas no sítio do interior paulista, que teriam sido pagas por empreiteiras investigadas por corrupção, como OAS e Odebrecht.
Segundo o processo, cerca de R$ 1,7 teriam sidos gastos entre a compra da propriedade e a reforma. A defesa do ex-presidente sempre alegou que a família de Lula apenas frequentava o local, que pertenceria a família do empresário Fernando Bittar.
Mas a juíza declarou que o líder petista “tinha conhecimento de que a empresa OAS era uma das partícipes do grande esquema ilícito que culminou no direcionamento, superfaturamento e pagamento de propinas em grandes obras licitadas em seu governo, em especial na Petrobras”. Ainda segundo Gabriela Hardt, Lula “contribuiu diretamente para a manutenção do esquema criminoso”.
A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, denunciou a sentença. Segundo a deputada, “A perseguição a Lula não para”. Os advogados do ex-presidente pretendem recorrer da sentença.