Segundo o Relatório de Felicidade Mundial, países com mais oferta de manteiga têm maior nível de felicidade.
O Haiti e outros países com pouca oferta de manteiga têm nível baixo de satisfação com a vida. O inverso é verdade: países como a Alemanha têm altos níveis nas duas categorias. Mas qual é a relação entre as duas informações?
Cidadãos desses países responderam em 2013 a uma pesquisa sobre a satisfação com a via. Eles deram uma nota de 0 a 10 para a própria satisfação. Já a oferta de manteiga per capita no país é medida em quilos. O relatório de 2018 cruzou as duas informações e produziu um gráfico com vários países do mundo.
Os países com nível de felicidade maior que sete pontos foram México, Brasil, Israel, Holanda, Costa Rica, Canadá, Austrália, Bélgica, Alemanha e Islândia. Já os países com felicidade menor do que cinco foram Haiti, Camarões, Malaui, Madagascar, Congo, Sri Lanka, Angola, Senegal, Bangladesh, Ruanda, Quênia, Mongólia, Geórgia, entre outros.
De acordo com este gráfico, há uma proporção direta entre níveis de satisfação auto-relatados e oferta de manteiga. O relatório não oferece uma explicação definitiva para o fenômeno, mas há algumas hipóteses.
A primeira é que a grande oferta de manteiga indica que há também uma grande oferta de laticínios em geral, incluindo o queijo. No leite fresco e no queijo, encontramos a caseína, proteína com sequência de sete aminoácidos que se parecem com nossas endorfinas naturais, substâncias que dão sensação de prazer. Pode ser que a ingestão de laticínios esteja causando sensação de felicidade nessas populações.
A outra hipótese é que talvez não exista aqui uma relação de causa e consequência entre as duas coisas, mas antes uma correlação. Neste caso, algum outro motivo influencia tanto a satisfação das pessoas quanto a oferta de manteiga, como o estilo de vida, a cultura alimentar, renda ou maior acesso a criação de bovinos e seus derivados.
Ciberia // HypeScience / Big Think