A organização não-governamental (ONG) Codevida, que atua na Venezuela, informou que 15 doentes renais morreram nos últimos dias no país, em decorrência da falta de diálise.
O apagão que atingiu o país afetou o funcionamento dos aparelhos de diálise. A entidade receia que o número de vítimas aumente.
A ONG acrescentou que a situação das pessoas com insuficiência renal é crítica porque quase todas as unidades de diálise estão paralisadas.
Um apagão atinge Caracas e 22 dos 23 estados venezuelanos desde quinta-feira (7). Segundo a mídia local, o apagão pode ser fruto de uma sabotagem na grande usina hidrelétrica de Guri, segundo a venezuelana Corporação Nacional de Energia Elétrica.
O ministro de Energia Elétrica da Venezuela, Luis Motta Dominguez, declarou que as autoridades estão trabalhando para resolver a questão. “Estamos nos preparando para restaurar a fonte de energia o mais rápido possível. Isso pode levar três horas”, disse na ocasião o ministro à emissora Telesur.
Segundo a Codevida, as mortes foram registradas nas regiões de Zulia, Trujillo e Caracas. De acordo com a ONG, 48 crianças dependem de unidade de diálise pediátrica.
No Twitter da organização, o diretor da Codevida, Francisco Valencia, afirmou que há 129 unidades de diálises para atender a 10,2 mil pessoas no país. Ele alertou que faltam energia e luz. De acordo com Valencia, 2,5 mil doentes renais morreram no país, no período de 2017 e 2018, por várias deficiências que atingem as unidades de diálise.