Polícia prendeu duas pessoas em Caracas, envolvidas em envio quinzenal de drogas para Portugal. Segundo autoridades venezuelanas, o transporte era feito em voos da TAP e o aeroporto de Lisboa foi acusado de cumplicidade.
O Ministério Público da Venezuela solicitou nesta quinta-feira que as autoridades portuguesas investiguem a suposta “cumplicidade interna” no aeroporto de Lisboa com uma rede de tráfico de drogas, que operava a partir do país sul-americano.
“Instamos as autoridades de Portugal a investigarem e a descobrirem que tipo de cumplicidade interna existe no aeroporto de Lisboa, para que o transporte de forma quinzenal e periódica tenha sido praticado, sem que, até agora, Portugal tenha detido ou detectado esses traficantes”, disse esta quinta-feira o procurador-geral, Tarek William Saab, citado pelo jornal Observador.
O Ministério Público da Venezuela informou a detenção de dois oficiais das Forças Especiais da Polícia Nacional Bolivariana em Caracas, acusados de envolvimento em um esquema de envio quinzenal de drogas para Portugal.
As autoridades de Caracas alegam que as drogas eram enviadas “num voo da TAP Portugal com destino a Lisboa”.
A denúncia aconteceu dias depois do governo venezuelano suspender por 90 dias os voos da TAP para a Venezuela. Na ocasião, as autoridades de Caracas abriram uma investigação sobre um alegado transporte de substâncias químicas explosivas pelo tio do líder da oposição Juan Guaidó, que desembarcou de um voo oriundo de Lisboa.
O governo da Venezuela anunciou que a retomada de voos da TAP acontecerá somente quando o governo português reconhecer Nicolás Maduro como legítimo Presidente do país.
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