O que, no passado, era uma arma de destruição, agora foi reinventado em uma arma pela construção do futuro.
Essa é a história do Les Bassins de Lumières, um novo museu digital a ser inagurado em abril de 2020 como o maior centro de arte digital do mundo, mas que, durante a Segunda Guerra, foi um imenso bunker para frotas de submarinos alemães e italianos em Bordeaux, na França. O espaço possui 13 mil metros quadrados, e será literalmente coberto por exposições digitais dos maiores mestres da história da arte.
A construção do bunker se deu durante a ocupação nazista na França, como uma das cinco maiores estruturas construídas no país durante a guerra.
Em agosto de 1944 os nazistas deixaram Bordeaux, e uma parte da imensa estrutura – que, em sua dimensão original, tinha 42 mil metros quadrados construídos com mais de 600 mil metros cúbicos de concreto – foi destruída. A base principal, porém, se manteve de pé, e se tornou um espaço ocupado por empresas mas também por artistas, para filmagens e experimentos visuais.
Desde 2018, porém, a empresa Culturespaces assumiu a gestão do espaço para transforma-lo no imenso centro de arte digital que será inaugurado no ano que vem.
A inauguração se dará em quatro galerias, com 100 metros de extensão, 22 metros de largura e 12 metros de altura, receberá a maior instalação artísticas multimídia do planeta, recebendo a obra do grande pintor austríaco Gustav Klimt.
A obra do artista alemão Paul Klee também em breve será “exposta” no Les Bassins de Lumières, com projeções em 360º sobre todo o espaço em altíssima qualidade, permitindo que as pessoas – que no passado entravam no bunker para guerrear – agora possam mergulhar na melhor arte dos últimos tempos.
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