Helen Sharman foi a primeira pessoa do Reino Unido a se tornar uma astronauta. O jornal The Observer publicou uma entrevista com ela e o grande destaque do material foi a afirmação que ela tem certeza que a Terra não é o único local com vida no universo.
“Aliens existem. Não tem outra alternativa”, afirmou ela. Sharman não deixou implícito que observou qualquer indício da existência de alguma forma de vida extraterrestre enquanto estava no espaço, mas sim que acredita que o universo é tão massivo que obrigatoriamente tem que existir vida em outros lugares.
“Existem bilhões de estrelas lá fora no universo que devem ter diferentes formas de vida”, apontou ela, destacando que não necessariamente essas vidas são como a nossa, feitas de carbono e nitrogênio. “É possível que eles estejam aqui agora e nós simplesmente não conseguimos vê-los”.
Sharman é uma Química que em 1989 ouviu um anúncio no rádio do carro sobre a procura de um astronauta para integrar a missão Soyuz TM-12, ao lado dos cosmonautas soviéticos Anatoli Artsebarsky e Sergei Krikalev. As condições para ser selecionado era ser cidadão inglês, ter entre 21 e 40 anos, ter boa saúde, ter algum conhecimento científico e facilidade para aprender línguas estrangeiras.
Ela quase não se candidatou porque pensou que não tinha chances. No final tudo deu certo e depois de completar 18 meses de treinamento ela foi a primeira pessoa do Reino Unido a se tornar astronauta.
Frequentemente chamada de “primeira mulher britânica a ir para o espaço”, Sharman preferia simplesmente ser descrita como “primeira astronauta britânica”, para não dar a impressão que outros já haviam atingido este feito antes dela.
“Quando Tim Peake foi para o espaço, algumas pessoas simplesmente se esqueceram de mim. Um homem ser o primeiro a fazer algo seria a norma, então eu fico muito feliz de ter conseguido bagunçar esta ordem”. Peake foi ao espaço apenas em 2015, afiliado com a Agência Espacial Europeia.
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