Segundo o diretor do Centro de Guarda Espacial no País de Gales, é necessário continuar monitorando o espaço para evitar que asteroides e meteoros perigosos colidam com a Terra.
Corpos celestes potencialmente perigosos nunca deixaram de atrair a atenção de pesquisadores, que ultimamente intensificaram esforços para elaborar possíveis estratégias para combater eficazmente as ameaças cósmicas.
À luz das centenas de milhares de “potencialmente perigosos” chamados Objetos Próximos à Terra (NEO, na sigla em inglês) que passam pelo nosso planeta, está sendo empenhado cada vez mais esforços para zerar nossas defesas, de acordo com Jonathan Tate, diretor do Centro de Guarda Espacial, País de Gales, segundo citado pelo Express.
Tate, cuja instituição passa todas as noites monitorando os céus em busca de potenciais ameaças, acredita que muito pode ser feito para evitar possíveis colisões com a Terra. No entanto, assume que, um dia, podemos vir a ser “realmente azarados” e “ter um problema global”, ou, em condições possivelmente mais favoráveis, “podemos sair impunes e simplesmente perdermos uma grande cidade ou algo parecido”.
Como evitar queda de rochas espaciais?
Acerca dos métodos a serem usados na caça aos NEO, ele explicou que, “a longo prazo, a ablação, trator gravitacional e impactor cinético, são todas as tecnologias que compreendemos e que podemos implementar com um aviso prévio razoável”.
No entanto, se os asteroides surgirem no último momento em direção à Terra à sua típica velocidade de ruptura, pode haver apenas uma opção para a humanidade, e o último recurso a considerar, uma ogiva nuclear, salientou o investigador espacial.
“A deflexão é o caminho a seguir, obviamente você não quer tentar destruí-lo, porque não o fará e se tornará um tiro de espingarda”, alertou Tate, explicando que há um bom número de problemas com esse método.
“É uma detonação para vaporizar a superfície“, descreveu o especialista a potencial explosão nuclear, acrescentando que o vapor “vai jorrar para fora e agir como um pequeno motor empurrando o asteroide para o outro lado”.
Entretanto, a NASA está preparada para testar um dos métodos acima mencionados, com seu Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo, que terá como alvo asteroides binários para ver se o ataque a um dos dois com uma nave espacial pode inverter ou, pelo menos, alterar ligeiramente sua trajetória. Lançar uma bomba nuclear contra os objetos espaciais permanece como opção de último recurso, aparentemente.
Previsões de queda de objetos espaciais
No ano passado, a agência espacial norte-americana NASA previu que uma rocha espacial de 128 metros de comprimento poderia colidir fatalmente com nosso planeta em 6 de maio de 2022, e potencialmente destruir uma cidade inteira apenas em segundos.
O prognóstico dificilmente pode ser desvalorizado, tendo em conta que mais e mais pesquisas emergem sobre os chamados “asteroides assassinos”, que são conhecidos por terem no passado empurrado o planeta para a beira do colapso, fazendo com que os dinossauros se extinguissem há cerca de 66 milhões de anos.
Em um passado muito mais recente, o incidente do meteoro de Chelyabinsk em 2013 aguçou ainda mais a questão dos perigos cósmicos.
Objetos celestes e detritos espaciais atingem nosso planeta quase diariamente, no entanto, eles não costumam representar nenhum perigo para a humanidade, já que apenas enormes meteoros ou asteroides têm capacidade hipotética de alcançar a superfície da Terra e não queimar na atmosfera.
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