Cinco asteroides potencialmente perigosos passaram neste domingo (29) perto da Terra. Eles têm entre 45 e 214 metros de diâmetro e se movem a uma velocidade de 5,7 a 16,7 quilômetros por segundo.
Depois de no dia 17 um asteroide gigante ter passado de surpresa entre a Lua e a Terra, desta vez, cinco asteroides potencialmente perigosos passaram perto do nosso planeta.
Segundo adiantou o Spaceweather.com, o mais próximo desses corpos celestes, com os nomes científicos de 2013 US3, 2018 GO4, 2018 GY1, 2018 FV4 e 2002 JR100, passou a 10.1 distâncias lunares, ou seja, 10 vezes a distância média da Terra à Lua.
Os cinco asteroides se movem a velocidades entre os 5,7 e os 16,7 quilômetros por segundo. Segundo a NASA, a passagem do primeiro asteroide aconteceu às 10h29 da manhã deste domingo, e o último passou às 21h15.
Segundo astrônomos citados pelo jornal Daily Star, a passagem destes cinco asteroides deve ser tomada como um aviso aos habitantes do planeta para que tomem medidas de precaução antes que o hipotético cenário do impacto de um corpo celeste na Terra torne-se realidade.
Os cientistas da organização norte-americana B612 Foundation, que se dedica à prevenção de um próximo forte impacto de um asteroide, salienta o jornal britânico, têm “100% de certeza” de que um dia rochas espaciais colidirão com a Terra.
Isso acontecerá porque, segundo diz o presidente da B612 Foundation, Danica Remy, os telescópios atualmente em uso só conseguem captar uma pequena parte dos asteroides perigosos. “O ponto de observação é muito pequeno e o céu é muito grande.”
“Atualmente, podemos determinar com antecedência se um dos 18 mil asteroides que vigiamos vai nos atingir”, explica Remy. Mas, acrescenta, “há vários milhões de asteroides que não observamos”.
O Sistema Solar está povoado com milhões de asteroides, que normalmente são encontrados no cinturão de asteroides de Kuiper, entre Marte e Júpiter. “Temos 100% de certeza de que vamos ser atingidos, apenas não temos 100% de certeza quando“.
“Pode acontecer em qualquer lugar, na Austrália, no Japão ou em Ohio”, acrescenta Remy. “Precisamos de um mapa completo com a localização, características e rotas de todos estes asteroides, para que possamos nos defender. É um problema global“, conclui.
A maioria dos asteroides de grandes dimensões, como o asteroide que aniquilou os dinossauros, caiu na Terra há milhões de anos. O último grande asteroide a “visitar” o nosso planeta caiu em fevereiro de 2013, na cidade russa de Chelyabinsk.
Esse asteroide, com apenas 17 metros de diâmetro, atingiu inesperadamente a cidade russa, e se fragmentou liberando uma energia equivalente a 500 mil toneladas de TNT, ou seja, entre 27 e 41 vezes a bomba atômica de Hiroshima.
Ciberia // ZAP