Urnas em Portugal confirmam previsão de vitória do chefe de Estado de centro-direita, que ganha novo mandato de cinco anos. Combate à pandemia é prioridade.
Como esperado, os portugueses reelegeram neste domingo (24/01) o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, de 72 anos, que ocupará a presidência da República por um último mandato de cinco anos. Ele tem um perfil conservador e é visto pelos portugueses como carismático e próximo das pessoas.
A eleição foi marcada pela abstenção de pouco mais de 60% e pelo confinamento devido à pandemia de covid-19, que tem causado mais de 200 mortos por dia no país nas últimas semanas.
Rebelo alcançou 60,7% dos votos, obtidos com o apoio da direita moderada e também de muitos eleitores socialistas. O presidente de centro-direita mantém uma boa relação com o primeiro-ministro socialista, António Costa, com quem tem trabalhado em conjunto, principalmente no combate à pandemia.
A segunda colocada na disputa foi a socialista Ana Gomes, com 12,97%. Em seguida veio o líder da extrema direita, André Ventura, do partido Chega, com 11,9%. Mesmo derrotado, o Chega avançou desde a sua estreia nas urnas, em 2019, quando teve apenas 1% dos votos.
Em discurso após a confirmação da vitória, Rebelo de Sousa afirmou que a principal urgência de Portugal é o combate à pandemia. No sábado, o país registrou 11.721 contágios e 275 mortos.
Analistas disseram que os eleitores portugueses optaram pela estabilidade em meio à tormenta causada pela pandemia de covid-19. O país está já há algumas semanas em seu segundo lockdown.
Rebelo de Sousa é um especialista em Direito constitucional e conhece muito bem as atribuições do presidente da República, pois participou da redação da Constituição quando era deputado. Entre elas estão dissolver o Parlamento, convocar eleições e vetar leis. Portugal adota o regime parlamentarista.