O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), fez hoje uma avaliação do resultado das eleições municipais.
Um dia após o segundo turno, quando seu partido confirmou-se como o que mais cresceu nas urnas, Aécio Neves comemorou o resultado, mas ressaltou a necessidade de cautela em relação às próximas eleições gerais, em 2018.
“O PSDB teve nessas últimas eleições municipais, as primeiras após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a mais extraordinária vitória de toda a sua história”, disse.
“Eu faço também uma análise política para dizer que temos que ter muito cuidado ao fazer um link, uma relação direta com futuras eleições a partir do resultado que tivemos. Porque seria o caso do PSDB se autoproclamar o futuro governante do país e nós sabemos que, longe disso, não é assim que as coisas acontecem”, ponderou.
Apesar do tom ameno, Neves ressaltou que o bom resultado dos candidatos tucanos nestas eleições se deve a um movimento iniciado no último pleito para a Presidência da República, disputado por ele.
“Há um recado claro dado a nós de aprovação da nossa conduta, que não se iniciou no momento pré-eleitoral. Eu consigo compreender esse processo de crescimento do PSDB a partir de 2014, quando resgatamos nosso legado de forma clara, quando apontamos caminhos corajosos para o Brasil ainda na campanha eleitoral, e mesmo depois dela quando continuamos a pregar o equilíbrio das contas públicas, a transparência do governo e continuamos a denunciar os desatinos cometidos pelo governo do PT”.
Derrota na prefeitura
Quanto à derrota de seu candidato em Belo Horizonte (MG), sua residência eleitoral, Aécio Neves buscou relativizar o resultado. O empresário Alexandre Kalil (PHS) venceu a disputa para a prefeitura contra João Leite (PSDB).
Segundo Aécio, o PSDB saiu vitorioso em Minas Gerais porque ganhou em cidades importantes ou com candidatos próprios ou por meio de coligações com partidos aliados. Além disso, ele ressaltou a derrota petista no estado.
Questionado se o cenário pós eleitoral favorece uma candidatura de Geraldo Alckmin à presidência da República em 2018, Neves minimizou esse efeito. Segundo ele, “a vitória em São Paulo foi extraordinária, como foram extraordinárias as vitórias em todas as outras regiões do país” para o partido.
“Antecipar esse processo é um desserviço não apenas ao partido, mas àquilo que é essencial: construirmos a nossa agenda, a agenda que vai tirar o Brasil da crise, que vai voltar a gerar esperança nos agentes econômicos e, consequentemente, emprego. As eleições de 2018 não são nossa prioridade nesse momento”, afirmou.
// Agência BR