Segundo os cientistas, as novas emissões de radiação agora detectadas são consequência da fusão de duas estrelas de nêutrons em uma galáxia distante.
Uma equipe internacional anunciou nesta segunda-feira (16) ter conseguido ver através da luz e das ondas gravitacionais, simultaneamente, a fusão de duas estrelas de nêutrons, dando “início a uma nova era” da observação do Universo.
As análises, realizadas no dia 17 de agosto, “sugerem” que os sinais localizados são o resultado da fusão de duas estrelas de nêutrons, um evento chamado “Kilonovas”, cuja existência foi descrita há 30 anos, mas que teve a primeira observação confirmada somente agora.
O Observatório Austral Europeu foi quem anunciou a descoberta. Em primeiro lugar, a descoberta supõe a detecção de uma quinta onda gravitacional, denominada GW170817 pelos especialistas, observada em 17 de agosto graças à colaboração entre o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO), nos EUA, e o Interferômetro Virgo, na Itália.
Esta é a primeira onda gravitacional detectada cuja origem não é a colisão de buracos negros. Apenas dois segundos depois de observar a onda gravitacional, os satélites espaciais Fermi e Integral detectaram uma pequena explosão de raios gama.
Segundo a nota desta segunda-feira, tanto o sinal óptico como as ondas gravitacionais provinham da fusão de duas estrelas de nêutrons, que aconteceu a 130 milhões de anos-luz da Terra.
A comunidade científica ficou repleta de especulações nas últimas semanas porque o LIGO tinha descoberto algo intrigante.
Os rumores começaram a se tornar mais sérios depois que um astrônomo da Universidade do Texas tuitou “Novo LIGO” e ter feito referência a um componente óptico, o que poderia significar que se tinha encontrado algo além da fusão de dois buracos negros.