Cientistas australianos desenvolveram um novo modelo de estudo das ondas gravitacionais que poderia nos ajudar a revelar a existência de buracos negros não encontrados até então.
A cada minuto, buracos negros colidem entre si e é nesse choque que são liberadas as ondas gravitacionais. De acordo com os cientistas da Universidade de Monash, em Melbourne, na Austrália, a fusão das ondas gravitacionais produz um som inconfundível, porém, muito difícil de ser ouvido.
Foi essa espécie de zumbido que motivou os cientistas australianos a desenvolver uma forma de ouvi-lo, especialmente por acreditarem que o ruído pode revelar a existência de milhares de buracos negros desconhecidos até então.
Por ano, ocorrem mais de 100 mil eventos de ondas gravitacionais, porém são muito fracos para serem detectados por aparelhos já existentes. A equipe de Eric Thrane quis resolver o problema e, para isso, desenvolveu um mecanismo computorizado mais sensível para que o zumbido possa ser ouvido, explica o Observador.
“Medir a fundo as ondas gravitacionais irá nos permitir estudar populações de buracos negros que se encontram a longas distâncias. Um dia, a técnica vai permitir que vejamos as ondas gravitacionais do Big Bang, escondidas atrás das ondas gravitacionais dos buracos negros e das estrelas de nêutrons”, afirmou Thrane.
O novo método é mil vezes mais sensível que os anteriores. Segundo Rory Smith, cientista coautor do estudo publicado no Physical Review X, as melhorias desse mecanismo vão permitir detectar “aquilo que as pessoas têm procurado ao longo de várias décadas”.
O computador utilizado no novo método se chama OzSTAR e tem potencial para fazer “grandes descobertas na astronomia das ondas gravitacionais“.
O choque entre buracos negros, que provoca uma agitação no espaço, mais conhecido como ondas gravitacionais, foi identificado por Albert Einstein há mais de um século e validado cientificamente em 2015.
Ciberia // ZAP