A busca constante por fontes de energia levou cientistas a tentarem aproveitar a fusão nuclear. Poder que é inerente ao Sol e outras estrelas.
Um novo estudo realizado por físicos de Princeton descobriu um método que pode auxiliar na criação, com segurança, de fusão na Terra. Isso, potencialmente, levará a um suprimento ilimitado de eletricidade. O artigo foi publicado no Nuclear Fusion.
Os reatores de fusão funcionam com a combinação de elementos leves, como hidrogênio e plasma, que é um estado muito quente e carregado de matéria. Nesse processo, dois núcleos atômicos mais leves são combinados dando origem a um mais pesado e estável. Isso libera a energia.
O plasma resultante desse processo pode ser utilizado para gerar grande quantidade de energia. No entanto, instalações de fusão, chamadas Tokamaks enfrentam o desafio de deixar as impurezas distantes das reações. O que pode diminuir a eficiência da fusão. O objetivo dos cientistas é manter o plasma dez vezes mais quente do que o núcleo do sol, o que maximiza as reações e leva a criação de maior quantidade de eletricidade.
A descoberta dos cientistas agora é uma forma de injetar pó de boro no plasma. Isso aumenta o controle, reduz os gases de efeito estufa e elimina resíduos radioativos a longo prazo.
O boro é usado para impedir que o tungstênio, nas paredes do tokamak, interaja com o plasma. Porque isso pode causar o esfriamento das partículas do plasma, o que diminui a eficiência da reação.
O fato de o boro ser usado em pó facilita o processo, uma vez que assim a boronização pode ser realizada com a máquina já em funcionamento. Com esse método, o dispositivo de fusão pode se tornar uma fonte ininterrupta de energia.
Além dessas vantagens, o método com pó é mais barato e menos perigoso. Atualmente é utilizada a injeção de gás de diborano, que é potencialmente explosivo.
Os cientistas ainda investigarão mais o novo método, e esperam que essa abordagem lhes permita compreender de forma mais aprofundada o comportamento do plasma.
// HypeScience