Pelo nono dia seguido, caminhoneiros fazem protestos em rodovias em diversos estados do país. No entanto, duas das lideranças de associações da categoria afirmam que as reivindicações foram atendidas e que já orientaram as desocupações das estradas.
Segundo representantes destas entidades, citados pela Fórum, os motoristas que continuam nas ruas teriam agenda política e a intenção de derrubar o governo Temer.
“Não são mais os caminhoneiros que estão em greve. Há um grupo muito forte de pessoas que querem derrubar o governo. Não tenho nada a ver com estas pessoas, e também não os caminhoneiros autônomos”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) José da Fonseca Lopes.
No final da noite desta segunda-feira (28), uma imagem se repetiu por todo o país. Caminhões e combustíveis foram escoltados por forças de segurança para abastecer postos e centrais de distribuição.
Em São Paulo, o principal local de manifestação é a Rodovia Régis Bittencourt. A Prefeitura da capital paulista afirmou que nesta terça-feira 70% da frota estará nas ruas.
Temer defende diálogo
No momento em que o país enfrenta o nono dia de paralisação dos caminhoneiros, o presidente da República, Michel Temer, destacou nesta terça a importância do diálogo para a democracia e disse que quando “alguns” ameaçam não querer o diálogo e parar o Brasil, é preciso exercer “a autoridade” para preservar os direitos da população.
Temer discursou, nesta terça-feira, na cerimônia de abertura do Fórum de Investimentos Brasil 2018, em São Paulo.
“O diálogo é da própria essência da política e da democracia. É, aliás, sua fortaleza. Quando alguns rejeitam o diálogo e tentam parar o Brasil, exercemos a autoridade para preservar a ordem e os direitos da população, mas antes disso, um diálogo é fundamental, leve quanto tempo levar”, disse.
Temer acrescentou ainda que alguns confundem a vocação para o diálogo com eventual leniência política e que, na verdade, é exatamente o oposto.
Para Marco Aurélio Mello, governo subestimou greve
Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), sugeriu que o governo de Michel Temer não levou a greve dos caminhoneiros a sério.
“O governo é o órgão mais bem informado que nós temos. Aí, eu penso que subestimaram e foram surpreendidos com essa reação que paralisou o país. Nós realmente não podíamos ter chegado a esse ponto. Não sei (se governo) subestimou as informações alcançadas, mas é uma situação realmente muito ruim, porque repercute na vida de todos”, destacou o ministro à Amanda Pupo, do Estado de S.Paulo.
Segundo o ministro, é um contexto em que você precisa “tomar as providências antes que o pior aconteça. E o pior veio a acontecer, já que os caminhoneiros só viram esse caminho para tentar ter preservados os meios de trabalho”.
“É um ato de força, sem a menor dúvida. E só se chega a ele quando não se tem outra solução. Os caminhoneiros fizeram o que fizeram porque estão visando a própria sobrevivência, incitando essa paralisação total”, completou.
Ciberia // Revista Fórum
Não creio… Temer já está derrubado desde que assumiu a presidência. Não estou sendo favorável à Dilma, ao Lula, nem a nenhum outro político, estou dizendo que Temer foi um covarde em “abandonar” os parceiros quando viu que poderia ser presidente se tirasse, naquele momento, “o corpo fora”. Se fosse correto, teria renunciado ou denunciado a corrupção ao notá-la. Não existe ninguém no mundo que tire este título dele: covarde. Que fosse Bolsonaro, FHC, Itamar Franco, … não interessa. Ele deveria ter renunciado ou denunciado. Ou seja, era cúmplice / conivente enquanto a bomba não explodiu. Corrupto como os outros. Se ele fizer uma análise de consciência, verá que não existe argumento que apoie sua conduta.