Luciana Lóssio, a juíza do Tribunal Superior Eleitoral que aceitou pedido de Anthony Garotinho e o transferiu do presídio de Bangu para o hospital Quinta D’Or, onde foi operado, virou tema de polêmica na internet.
Anthony Garotinho detido
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Chamada de petista, a juíza Luciana Lóssio tem sido muito criticada nas redes sociais por causa da decisão de transferir Garotinho.
A magistrada atuou como advogada para a ex-presidente Dilma Rousseff, em sua primeira campanha, há seis anos.
Depois disso, foi nomeada por Dilma para a vaga no TSE.
Em gravação que consta das investigações da Operação Chequinho, Garotinho conversou por telefone com o advogado Jonas Lopes Neto sobre um habeas corpus. Ele, então, dá a entender que teria contato com a juíza Luciana Lóssio.
No ano passado, a juíza apareceu em notícias que tratavam da compra de uma cobertura de 377 m2 em edifício novo de uma quadra nobre de Brasília. Em nota, o TSE reafirmou confiança na “idoneidade moral” de seus ministros.
Ex-governador vai para prisão domiciliar
O ex-governador Anthony Garotinho recebeu alta ontem pela manhã do Hospital Quinta D’Or, na Quinta da Boa Vista, onde foi internado no sábado para se submeter a um procedimento de cateterismo para implantar um stent no coração.
Por determinação da ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana Lóssio, Garotinho ficará em prisão domiciliar até que a Corte julgue o mérito da liminar concedida por ela.
O ex-governador deixou o hospital por volta das 9h rumo ao prédio onde mora, no Flamengo, onde policiais federais permanecerão vigiando os passos de Anthony Garotinho, que não utilizará tornozeleiras eletrônicas.
Na quarta-feira da semana passada, o ex-governador foi preso pela Polícia Federal a mando da Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes, por suspeita de compra de voto, associação criminosa e coação. Garotinho negou as acusações.
Após a prisão, o ex-governador se sentiu mal e foi levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio.
Numa decisão polêmica tomada pelo juiz Glaucenir de Oliveira, Garotinho foi removido à força, na noite de quinta-feira, para a unidade de saúde do complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, e, na madrugada de sábado, para o Quinta D’Or, por decisão do TSE, sob alegação de necessidade de melhor atendimento.
Emoção de Clarissa em Brasília
A deputada federal Clarissa Garotinho, filha do ex-governador, se emocionou ontem à tarde na tribuna da Câmara dos Deputados, ao falar sobre a situação do pai.
“Ele foi retirado de um hospital público, onde estava sendo atendido numa unidade coronariana, para uma unidade de pronto-atendimento sem nenhuma infraestrutura”, diz Clarissa Garotinho.
“Não se vê nada tão brutal como o que fizeram com ele nem em ambientes de guerra. Foi uma desumanidade”, desabafou a deputada.
// Agência BR