Presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (15) que a operação da Polícia Federal que encontrou dinheiro na cueca do vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), era “motivo de orgulho”.
A declaração foi feita a apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, em Brasília. A tentativa de esconder dinheiro dentro da roupa foi revelada pela revista Crusoé. Rodrigues nega envolvimento com qualquer ilícito.
“A operação de ontem é fator de orgulho para o meu governo, para o meu ministro Wagner Rosário [da Controladoria-Geral da União] e para a minha Polícia Federal, e não isso que a imprensa está falando agora, que tenho a ver com essa corrupção”, disse Bolsonaro, segundo o portal UOL.
Rodrigues foi alvo na quarta-feira (14), em Boa Vista, de operação que investiga desvios em aplicação de recursos de combate ao novo coronavírus. Foram encontrados R$ 30.000 com o senador.
Ele se tornou vice-líder do governo no Senado em março do ano passado. Segundo o parlamentar, foi o presidente quem o escolheu para o cargo. Em um vídeo antigo, Bolsonaro aparece ao lado de Rodrigues afirmando que a relação entre os dois era “quase uma união estável”, referência ao tempo em que os dois foram deputados federais.
Não tenho nada a ver com isso
Ao comentar o caso nesta quinta-feira (15), o presidente buscou se afastar do vice-líder do governo, cargo que tem trânsito livre no Planalto. “Se um vereador faz algo de errado, não tenho nada a ver com isso”, disse Bolsonaro.
Além disso, o presidente criticou a imprensa pela cobertura da operação que encontrou dinheiro na cueca do senador. Segundo ele, a mídia tentou relacioná-lo ao caso injustamente.
“Esse caso aí é mais uma mentira da imprensa que quer desqualificar meu governo a todo tempo. Isso chama-se crise de abstinência. Acabaram os milhões de reais para propaganda oficial do governo. Vocês estão quase há dois anos sem ouvir falar em corrupção no meu governo”, disse Bolsonaro.
Recentemente, o presidente afirmou que tinha acabado com a operação Lava Jato, pois, como não havia mais corrupção no governo, não haveria mais necessidade dela continuar.
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