A sombra normalmente é um problema para a produção de energia solar, mas não para esse protótipo de placa solar.
Ele se chama Gerador de Energia Efeito-Sombra (SEG, em inglês) e usa o contraste entre a luz e a sombra para produzir eletricidade. Outro ponto importante é que a tecnologia é mais barata de se produzir do que uma célula solar comum.
Esse tipo de placa solar poderia ser usado dentro de casa, substituindo o uso de carregadores de tomada de gadgets, por exemplo. Também seria possível instalar painéis de energia solar em telhados sombreados por folhagem de árvores ou por muros. Até a passagem de nuvens no céu aumenta a produção de eletricidade dessa célula.
Por enquanto a célula é apenas um protótipo, mas pesquisadores relataram ótimos resultados nem um artigo publicado na revista Energy & Environmental Science.
O SEG é formado por uma série de tiras de filme de ouro em uma pastilha de silicone que fica sobre uma base plástica flexível. “Nesse trabalho, capitalizamos o contraste de iluminação causado pelas sombras como uma fonte indireta de energia. O contraste de iluminação induz uma diferença de potencial entre a sombra e as seções iluminadas, resultando em uma corrente elétrica”, explicam os autores no trabalho.
O contraste de luz e sombra é imperativo para a eficácia da célula; se ficar exclusivamente na luz ou na sombra, ela não produz energia. Mas quando há esse contraste, ela é duas vezes mais eficiente do que células solares convencionais.
A célula desenvolvida no trabalho produz 1,2V, suficiente para fazer um relógio digital funcionar.
“Descobrimos que a superfície óptica ótima para a geração de energia é quando metade da célula está iluminada e a outra metade está na célula, pois isso oferece área suficiente para geração e armazenamento de carga”,
O próximo passo da equipe que está desenvolvendo a tecnologia é tentar reduzir ainda mais o custo de produção do SEG, talvez substituindo o filme de ouro por um material diferente. Eles também querem adaptá-lo para wearables como smartwatches e smartphones.
// HypeScience