A Unidade Central Operativa (UCO) da Guarda Civil prendeu, nesta terça-feira (18), o presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Ángel María Villar, e seu filho Gorka, durante uma operação anticorrupção ordenada pela Audiência Nacional, informaram à Agência Efe fontes da investigação.
No total, segundo as fontes, estão previstas uma dezena de detenções, como as do vice-presidente da Federação e presidente da Federação do Tenerife, Juan Padrón, além do secretário da entidade regional, Ramón Hernández Baussou.
Espera-se também a realização de operações em outras entidades e escritórios profissionais, entre elas a própria sede da RFEF e da Federação do Tenerife.
Os crimes pelos que foram detidos são administração desleal, apropriação indébita, corrupção privada e falsificação, todo isso em relação com a organização de jogos internacionais.
Foi no início do ano passado quando começaram as investigações, após uma denúncia feita pelo Conselho Superior de Esportes, onde acusava o presidente da RFEF de incentivar a realização de partidas entre a seleção espanhola e outras seleções, conseguindo a contratação de serviços e outras relações comerciais em benefício do filho de Villar, um advogado especialista em direito esportivo.
Através de um comunicado, a Direção-Geral da Guarda Civil diz que os investigadores determinaram que o vice-presidente financeiro da RFEF “teria supostamente ultrapassado as suas competências para gestão do patrimônio” da entidade.
Além disso, ele teria favorecido a contratação de empresas em benefício próprio, como forma de compensação econômica e também teria participado, ao lado do secretário Ramón Baussou, em uma operação contínua de apropriação de fundos da Federação do Tenerife, através do desvio de uma dessas empresas gerenciada por ambos.
A operação Soule, é comandada pelo juiz da Audiência Nacional, Santiago Pedraz, em coordenação com as promotoras anticorrupção Inmaculada Violán e Esther González e está sob segredo de justiça.
Ángel María Villar está sendo investigado em outro processo em um Tribunal de Majadahonda (Madri) por conta de um possível tratamento preferencial aos clubes Recreativo Huelva e Marino.
// EFE