Um grupo de manifestantes interrompeu, na manhã de hoje (24), a entrevista coletiva que era concedida pelo prefeito de São Paulo, João Doria, e o governador do estado, Geraldo Alckmin, para detalhar o programa de revitalização da Cracolândia, na sede do comando da Guarda Civil Metropolitana (CGM), no bairro Santa Efigênia, no centro da cidade e próximo à região.
Desde o último domingo (21), quando ocorreu uma megaoperação para retirar os dependentes químicos da Cracolândia, o clima de tensão tem sido constante naquela área. Em uma das ações da prefeitura ontem (23), três pessoas ficaram feridas quando uma retroescavadeira era utilizada para derrubar um dos imóveis na região.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, nas ações realizadas no local além de apreensões de armas e drogas, foram detidas 53 pessoas, dos quais 48 traficantes.
A entrevista tinha sido convocada para o anúncio de novos empreendimentos da Parceria Público-Privada (PPP) da Habitação de revitalização da região, com a presença de vários secretários de estados.
Mas antes que o prefeito e o governador finalizassem os esclarecimentos, moradores de pensões e hotéis da região entraram no local da solenidade e começaram a gritar palavras de ordem contra as mudanças pretendidas pelas autoridades.
Logo em seguida, Doria e Alckmin deixaram o local sem falar com os jornalistas. O secretário municipal de habitação, Julio Semeghini, chegou a discutir com os manifestantes, que acabaram saindo do edifício e fizeram um ato em frente ao local.