Em resposta às sanções dos Estados Unidos, analistas acreditam que a Rússia pode ultrapassar a China e a Austrália e, em 2029, tornar-se o maior produtor de ouro do mundo.
O risco de implementação de novas sanções pelos Estados Unidos pode levar a Rússia a aumentar significativamente sua produção de ouro em 2020 e 2021, consideram analistas da Fitch Solutions.
“As sanções em curso, e em expansão, dos EUA contra a Rússia, paradoxalmente, vai apoiar a produção de ouro no país no curto prazo”, garante a consultoria em um relatório citado pelo portal da CNBC.
O risco crescente de restrições aos bancos estatais russos para negociar com ativos em dólares dos EUA, devido às tensas relações bilaterais entre a Moscou e Washington, está pressionando o Banco Central russo a aumentar suas reservas de ouro, explica a Fitch Solutions.
Analistas acreditam que a Rússia pode ultrapassar a China e a Austrália e se tornar o maior produtor de ouro em 2029. A produção do precioso metal na Rússia crescerá de 11,3 milhões de onças em 2020 para 15,5 milhões de onças em 2029, representando uma taxa média de crescimento anual de 3,7%, preveem os especialistas.
Produção chinesa em declínio
A China, que atualmente ocupa o topo do ranking dos maiores produtores de ouro, deve manter sua produção entre 2020 e 2029 com uma taxa média de crescimento anual de 0,2%, de acordo com a Fitch Solutions.
Embora a produção de ouro no país asiático tenha crescido em média 3,1% ao ano na última década, a imposição de rígidas regulamentações ambientais e o fechamento de pequenas minas podem causar o declínio previsto.
As sanções impostas pelos EUA à Rússia entraram em vigor em 2014 após a reunificação da Crimeia. Desde então o pacote de sanções foi ampliado. As relações entre Moscou e Washington permanecem instáveis, já que os EUA veem a Rússia como uma ameaça à segurança nacional norte-americana.
// Sputnik News