Uma discreta funcionária de um escritório de advogados nos Estados Unidos acumulou uma fortuna, ao longo de mais de 60 anos, para doar após sua morte.
Sylvia Bloom foi uma discreta e exemplar secretária de um escritório de advogados no Brooklyn, em Nova York (EUA). Aos 96 anos, a norte-americana decidiu se aposentar e acabou morrendo pouco tempo depois, em 2016.
Segundo a revista portuguesa Visão, ao longo dos anos, a secretária acumulou uma fortuna de 10 milhões de dólares, sem que ninguém tivesse percebido. Nem os familiares ou seus amigos mais próximos desconfiaram que Sylvia tinha juntado, ao longo da vida, uma fortuna como secretária de um escritório de advogados nova-iorquino.
A norte-americana observava atentamente os investimentos feitos pelos advogados com quem trabalhava. “A minha tia era secretária numa época em que era normal administrar a vida dos patrões, incluindo seus investimentos pessoais”, lembra Jane Twainshin.
“Assim, quando o chefe comprava uma ação, a minha tia fazia a compra para ele e comprava a mesma ação para si mesma, mas em menor quantidade, porque recebia o salário de uma secretária”, conta a sobrinha ao New York Times.
Aos poucos, Sylvia Bloom conseguiu juntar discretamente uma pequena fortuna, espalhada por três corretores e onze bancos. Dos 10 milhões de dólares que juntou ao longo da vida, cerca de 7 milhões foram destinados a obras sociais e o restante aos familiares mais próximos.
A norte-americana não escolheu nenhuma instituição antes de falecer, mas deixou instruções para que sua valiosa herança servisse para apoiar o estudo de jovens carentes.
Essa foi a maior doação individual em 125 anos de história da organização filantrópica Henry Street Settlement, instituição que dá apoio em áreas de serviços sociais, saúde e artes, ajudando anualmente cerca de 60 mil nova-iorquinos.
Secretamente, e sem mencionar uma única palavra sobre sua fortuna milionária, Sylvia conseguiu, mesmo depois de morrer, ajudar jovens carentes e dar um destino nobre aos milhares de dólares que juntou ao longo da vida.
Ciberia // ZAP