O técnico de enfermagem Michel Ângelo Silva de Sousa, de 34 anos, teve uma atitude nobre. Ele salvou um paciente doando sua medula. “É uma chance remota de aparecer alguém compatível. Lá, foi aquele paciente que precisou, mas amanhã pode ser alguém da minha família. Não me vanglorio, fiz o que tinha que fazer”, diz
Michel Ângelo, que é do Espírito Santo, havia se disponibilizado para ser doador de medula óssea havia quatro anos. Em 2017, ele teve a chance de fazer o bem. O procedimento foi todo feito em São Paulo, no Hospital de Base, em São José do Rio Preto, em junho do ano passado.
Por questão de sigilo, ele não sabe se é homem ou mulher, criança ou adulto que recebeu sua doação. Mas sabe o importante: que estão felizes, como já era de se imaginar. “Tanto o paciente quanto a família dele têm interesse em me conhecer, ficaram muito gratos”, diz.
Michel Ângelo espera que com sua história outras pessoas se inspirem a fazer o cadastro para doação. “Muitas pessoas morrem antes de aparecer um doador. Eu vi isso no hospital em São Paulo. Às vezes, a pessoa acha tão difícil ir ao Hemoes, mas enquanto isso, as pessoas estão aguardando”, disse.
Ajudar fez o técnico em enfermagem rever sua forma de enxergar a vida. “Muda a forma de olhar a vida, de dar importância à saúde, dar importância a ajudar alguém. Fazer o bem faz bem. A sensação é de dever cumprido”, afirmou.
Como doar
Para ser doador, é preciso ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não ter câncer ou doença hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea no hemocentro do seu estado ou cidade. Lá é feito um cadastro e retirada uma amostra de sangue. O material é levado para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Ao surgir um paciente compatível, o Redome entra em contato com o doador e confirma o interesse dele em doar. O doador então passa por diversos exames para atestar as boas condições de saúde e então realizar o procedimento.
Ciberia // Gazeta Online / Só Notícia Boa