O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (9) a lei orçamentária aprovada nesta madrugada pelo congresso, pondo fim ao segundo fechamento administrativo sofrido por seu governo em apenas um mês.
“Já assinei a lei. Nossos militares serão agora mais fortes do que nunca. Nós amamos e precisamos de nossos militares e damos a eles tudo – e mais. A primeira vez que isso aconteceu em muito tempo. Também significa EMPREGOS, EMPREGOS, EMPREGOS!“, disse o presidente em sua conta no Twitter.
O congresso aprovou nesta madrugada um projeto de lei para financiar o governo até 23 de março, um texto que dará margem aos legisladores para finalizar o plano de financiamento bipartidário que concordaram para os fundos federais dos próximos dois anos fiscais.
Trump lembrou, no entanto, que o pacto orçamentário contém concessões aos democratas, dada a estreitíssima maioria republicana no Senado, onde conta com 51 cadeiras, contra 49 do partido opositor.
“Sem mais republicanos no congresso, fomos obrigados a aumentar os gastos com coisas que não gostamos ou que não queremos para poder, finalmente, depois de muitos anos de esgotamento, cuidar dos nossos militares”, escreveu o presidente americano em outro tuíte.
“Infelizmente, precisávamos de alguns votos democratas para a sua aprovação. Devemos eleger mais republicanos nas eleições de 2018!”, acrescentou Trump, em alusão às eleições legislativas de novembro deste ano.
O governo federal esteve tecnicamente em fechamento parcial durante quase nove horas, depois que o senador republicano Rand Paul, que se opõe ao aumento de gastos contemplados no acordo, forçou a expiração dos fundos na última meia-noite através de uma manobra legislativa.
O Senado e a Câmara dos Representantes votaram sobre o orçamento depois que foi retirado o bloqueio do senador Paul, de tendência libertária, e até o texto ser assinado por Trump nesta manhã as agências federais ficaram tecnicamente sem fundos.
Este é o segundo fechamento administrativo do governo de Trump em apenas um mês, depois que no último dia 20 de janeiro, coincidindo com o primeiro aniversário da sua chegada à Casa Branca, os congressistas não alcançaram um acordo a tempo.
Aquele fechamento durou cerca de três dias, mas seus efeitos quase não foram notados por cair num fim de semana.
O acordo orçamentário contempla um aumento da despesa em Defesa para os próximos dois anos de US$ 165 bilhões, e um número um pouco menor em despesas não relacionadas com o Pentágono, uma exigência dos democratas para investir em despesa social e programas de ajuda, como a assistência a desastres e a crise de opioides.
No entanto, os republicanos conseguiram tirar do debate de financiamento as demandas migratórias dos democratas, que devem ser abordadas nos próximos dias no congresso de forma independente.
Ciberia // EFE