Donald Trump ameaça ir aonde for preciso para conseguir cumprir uma das mais polêmicas promessas eleitorais: a construção do muro na fronteira com o México, nem que para isso tenha que paralisar o governo federal se não receber o dinheiro que tem pedido.
Nesta terça-feira (22), o presidente dos EUA afirmou que iria aonde fosse preciso para conseguir o financiamento para a construção do muro na fronteira com o México.
Foi em Phoenix, no Arizona, um dos locais mais conservadores no que diz respeito à imigração, que Donald Trump relembrou que iria cumprir aquela que foi uma das suas maiores promessas eleitorais e uma das mais polêmicas.
Com as negociações do orçamento federal começando em breve, e com o limite da dívida pública que os Estados Unidos podem contrair ficando cada vez mais próximo, Trump pretende levar a ameaça à letra, não se importando de deixar o país sem orçamento e o governo paralisado.
Se o limite da dívida não for aumentando por acordo no Congresso e com a assinatura do presidente, entram em funcionamento cortes automáticos que suspendem parte das funções normais do governo federal, que incluem o fechamento de serviços e a suspensão de alguns contratos de trabalho.
Trump aproveitou o comício em Phoenix e, em discurso de 80 minutos, acusou a imprensa de distorcer suas palavras “perfeitas” na sequência do ataque de um extremista norte-americano em Charlottesville, já considerado terrorismo pelas autoridades, e de dar palco a estes grupos de extrema-direita.
O presidente insinuou ainda que pode vir a perdoar o controverso ex-xerife de Phoenix, Joe Arpaio, condenado por violar uma ordem que o obrigava a parar de deter imigrantes que não fossem suspeitos de cometer um crime contra o Estado do Arizona.
Donald Trump prometeu durante a campanha construir um muro na fronteira com o México para combater a imigração ilegal – que diz ser maioritariamente de criminosos – e prometeu também que o México pagaria pelo muro. No entanto, o México, como era esperado, se recusa a pagar.
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