O governo da Venezuela informou que seis supostos envolvidos no atentado contra o presidente Nicolás Maduro foram detidos. Pelos relatos, o atentado ocorreu no sábado (4) durante uma comemoração com militares em Caracas, deixando sete feridos, dos quais três em estado grave.
O ministro do Interior, Néstor Reverol, anunciou as prisões na emissora oficial de televisão. Ele classificou o ato como terrorismo e de elevada frustração.
“Temos até agora seis terroristas e assassinos detidos, vários veículos apreendidos, e foram feitas várias buscas e apreensões em hotéis da capital do nosso país, onde houve coleta de importantíssimas evidências”, disse.
Segundo relatos, Maduro participava dos 81 anos da Guarda Nacional Bolivariana quando foi vítima de um atentado com drones que levavam explosivos. Ele saiu ileso.
No momento do ataque, o político discursava em cadeia nacional de rádio e televisão para defender as últimas medidas econômicas de seu governo, que são criticadas pela oposição.
A transmissão oficial mostrou militares que estavam perfilados para um desfile saindo do local correndo de maneira desordenada, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, sendo retirado às pressas.
Ataques
De acordo com o governo, foram usados, durante o atentado, dois drones modelo DJI M600 com capacidade para suportar grandes cargas.
Os artefatos não feriram Maduro, de acordo com o ministro Vladimir Padrino, “graças às técnicas especiais” da Guarda de Honra, responsável pela segurança do presidente, e à instalação de equipes inibidoras de sinais que desorientaram os drones, que detonaram os explosivos “fora do perímetro planejado pelos assassinos”, segundo palavras de Padrino.
Maduro acusou o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e a “extrema-direita” colombiana. Após as acusações, a presidência e a Chancelaria da Colômbia informaram que a denúncia “carece de base”, é “absurda” e tem se tornado “um costume”.
Guerrilheiros
O líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, saiu em defesa de Maduro e também responsabilizou a extrema-direita pelo incidente.
“Rejeitamos enfaticamente o atentado contra o presidente Nicolás Maduro. O respeito pela soberania e pelo povo é a garantia da estabilidade e tranquilidade na região”, escreveu – no Twitter – Londoño, conhecido como Timochenko.
Em outra mensagem na mesma rede social, o porta-voz do partido político Força Alternativa Revolucionária do Comum, no qual se transformou a guerrilha, comentou que o ataque foi “outro golpe no vazio da extrema-direita nativa manipulada por centros de poder do exterior”.
Ciberia // Agência Brasil