Nesta quinta-feira (28), o presidente da Venezuela acusou Portugal de sabotar a importação de pernil de porco por parte do governo venezuelano, que, por sua vez, não cumpriu a promessa de distribuir entre o povo o alimento natalino.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu oferecer pernil aos venezuelanos, através dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção. No entanto, nem tudo correu como o esperado e a promessa de Maduro não foi cumprida. Agora, o presidente acusa Portugal de ter sabotado seus planos.
“O que aconteceu com o pernil? Fomos sabotados e posso falar de um país em particular, Portugal. Estava tudo pronto, compramos todo o pernil que havia na Venezuela, mas tínhamos que importar e sabotaram a compra”, disse Nicolás Maduro.
De acordo com o Público, o chefe de Estado venezuelano disse ter planejado a compra de pernil de porco de Portugal e que acertou todos os pagamentos, depois de ter comprado todo o pernil existente na Venezuela. No entanto, Maduro disse também que os barcos portugueses que traziam o alimento foram sabotados.
Porém, Nicolás Maduro não detalhou de que forma Portugal teria boicotado a chegada dos pernis e reclamou ainda de alguns países terem bloqueado as contas bancárias da Venezuela, que iriam ser usadas para efetuar os pagamentos. “Com ou sem sabotagem, ninguém tira a alegria deste povo“, referiu.
A falta de pernil de porco no Natal levou a protestos pelo país.
Ministro português responde a Maduro
Em entrevista à TSF, o ministro dos Negócios Estrangeiros português garante que o governo do país não tem qualquer responsabilidade na falha de abastecimento de pernil de porco.
“O governo português não tem, seguramente, esse poder de sabotar pernil de porco. Nós vivemos numa economia de mercado. As exportações competem às empresas”, explicou Augusto Santos Silva.
Questionado sobre a possibilidade de chamar o embaixador português na Venezuela ao Palácio das Necessidades (sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros português), o ministro explica que antes de mais, é preciso entender o que aconteceu.
“Eu sou um cientista profissional. Primeiro vamos apurar os fatos e depois tiraremos as conclusões”, concluiu.
Ciberia // ZAP