Pelo menos 21 casas foram destruídas pela lava expelida pelo vulcão Kilauea, no estado norte-americano do Havaí, que alcança mais de 60 metros de altura, segundo os cientistas no local. “Esse número pode ainda aumentar”, declarou, na noite deste domingo (6), a porta-voz do condado do Havaí, Janet Snyder.
As autoridades afirmaram ainda que as casas destruídas no bairro residencial de Leilani se encontravam sobre buracos no chão abertos pelo vulcão, que inicialmente expeliram lava, mas no domingo só liberavam vapor e gás.
De acordo com o Observatório de Vulcões do Havaí, existem dez aberturas, ao passo que no sábado só existiam oito.
“Há mais magma (rocha fundida abaixo da superfície da Terra) no sistema para entrar em erupção. Enquanto essa fonte estiver lá, a erupção vai continuar”, disse a vulcanologista do Departamento de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos, Wendy Stovall.
As aberturas podem eventualmente se tornar uma grande cratera, como já aconteceu em erupções vulcânicas anteriores no Havaí, disse Stovall.
“Se perdermos a nossa fazenda, não sabemos para onde iremos. Perdemos a nossa casa e nossos rendimentos, ao mesmo tempo. Tudo o que podemos fazer é rezar e esperar”, disse a residente Cherie McArthur à agência norte-americana Associated Press.
Cerca de 240 pessoas e 90 animais passaram a noite de sábado (5) em abrigos, relatou a Cruz Vermelha norte-americana. O condado do Havaí ordenou a retirada de mais de 1.700 pessoas de Leilani Estates e Lanipuna Gardens.
Dois terremotos, com magnitude de 6,9 e 5,4 graus na Escala Richter, sacudiram a zona do vulcão, que levou o governador do Havaí a decretar estado de emergência, com mais de 10 mil habitantes instados a sair de casa.
O vulcão está localizado no sudeste da ilha de Havaí, que é a maior do arquipélago, na qual vivem cerca de 185 mil pessoas.
O Kilauea está em erupção contínua desde 1983. O Observatório de Vulcões do estado emitiu um aviso, em meados de abril, relatando que havia sinais de pressão no magma subterrâneo.
Ciberia, Lusa // ZAP