Enquanto Japão analisa solo de Ryugu, NASA avisa que 5 asteroides passarão pela Terra nesta semana

A NASA alerta sobre cinco rochas espaciais a caminho da Terra esta semana, logo após a agência espacial japonesa receber o primeiro material de asteroide subterrâneo do mundo, antes de continuar sua missão de pesquisa planetária.

O Centro para Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS, na sigla em inglês) registrou cinco asteroides perto da Terra, cada um medindo mais de 20 metros de diâmetro, começando com o 2020 XB1 de 21 metros, que se aproximará do nosso planeta a uma distância segura de 3,1 milhões quilômetros (considerado “perto” pelos padrões astronômicos) em 7 de dezembro.

Depois, na terça-feira (8), os asteroides 2018 PK21 de 22 metros e 2020 WK3 de 33 metros (cerca de metade da envergadura de um jato 747) vão passar perto do planeta em 4,6 e 3,8 milhões de quilômetros, respectivamente. No dia seguinte (9), com um diâmetro de aproximadamente a metade da altura do Arco do Triunfo em Paris, o 2020 XD, de 26 metros, passará a uma distância de 4,8 quilômetros.

Em 11 de dezembro, outro asteroide, o 2020 VC7 com 55 metros, ou seja, a mesma altura da Torre de Pisa, vai finalizar essa sequência passando a uma distância de 5,6 milhões quilômetros.

Enquanto estas ligações relativamente próximas estão em curso, os pesquisadores da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA, na sigla em inglês) vão analisar as amostras do primeiro asteroide subterrâneo, as quais chegaram através da cápsula que pousou esta semana (5) em segurança no sul da Austrália, podendo fornecer pistas sobre a origem do Sistema Solar e da vida na Terra.

A sonda Hayabusa2 ejetou com sucesso uma pequena cápsula neste sábado (5) e a enviou à Terra para entregar amostras do asteroide Ryugu, situado a cerca de 300 milhões de quilômetros de distância da Terra.

O astronauta japonês Soichi Noguchi, que agora se encontra na missão de seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI), tweetou para dizer que notou a cápsula em seu caminho para Terra, enquanto a mesma passou perto da estação.

“Vamos examinar se Ryugu é uma fonte potencial de matéria orgânica e água na Terra quando o Sistema Solar se formava, e se estas ainda permanecem intactas no asteroide”, contou o especialista de rochas espaciais da Universidade Nacional da Austrália, Trevor Ireland.

Após o lançamento da cápsula, a espaçonave Hayabusa2 partiu em uma nova expedição para outro asteroide distante, 1998KY26, em uma jornada que deve durar dez anos. Parte desta próxima missão envolverá a exploração de formas para prevenir que meteoritos se choquem com a Terra.

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