Uma dupla de economistas norte-americanos acredita que um fim-de-semana de três dias poderia não só contribuir para a produtividade dos trabalhadores como também para o Ambiente.
Será que são precisas 40 horas semanais para garantir que as empresas por esse mundo fora prosperam? David Rosnick e Mark Weisbrot têm certeza que a resposta é não.
Os economistas norte-americanos defendem que a semana deveria ter apenas quatro dias de trabalho e outros três de folga, ou seja, mais um dia do que o habitual.
Segundo os especialistas, a proposta não significa trabalhar menos, muito pelo contrário.
Com mais tempo para relaxar e se dedicar a outras atividades, os trabalhadores podiam “descansar” a mente, sendo mais produtivos quando chegasse a hora de pôr mãos à obra.
Além disso, a mudança também teria um impacto significativo em nome do Ambiente.
De acordo com a dupla de economistas, uma semana com apenas quatro dias significa menos deslocações casa-trabalho e menos gastos de energia.
Essa iniciativa, amiga do Ambiente e dos trabalhadores, foi testada pela primeira vez no Utah, Estados Unidos, em 2007.
A mudança, que funcionava apenas para a função pública, permitiu, em apenas dez meses, uma poupança de energia no valor de 1.800 mil de dólares (cerca de R$ 6 milhões) e uma redução da emissão de dióxido de carbono em 12 mil toneladas.
Porém, o estado norte-americano acabou por abortar a ideia em 2011, uma vez que parte da população, que continuava trabalhando às sextas, não tinha acesso aos serviços públicos.
Um dos homens mais ricos do mundo também é a favor desta proposta, sugerindo nos últimos anos algo ainda mais radical: uma semana de trabalho com apenas três dias.
Carlos Slim, o mexicano conhecido como “rei Midas das telecomunicações”, acredita que, “ao se ter quatro dias por semana livres, uma série de atividades seriam encorajadas – o turismo, o entretenimento, o desporto, a cultura ou a educação – e as pessoas poderiam tirar proveito desses dias extra para manter seu aprendizado”.
Faltou só saber se, com pausas mais longas, as pessoas viajariam mais e, por conta da poluição dos carros e de mais voos, o Ambiente pudesse não sair tão beneficiado.
// ZAP