Em são Paulo nesta segunda-feira (29), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, disse que “não cabe ao TSE resolver crise política”. A afirmação foi dada em referência ao julgamento da chapa Dilma-Temer, que será retomado no dia 6 de junho.
De acordo com o portal de notícias da Globo, Gilmar Mendes disse que é “absolutamente normal” pedir vista em um julgamento complexo. O ministro ainda afirmou que há “muita especulação na mídia se haverá pedido de vista”.
“Se houver pedido de vista, é algo absolutamente normal, ninguém fará por combinação com este ou aquele. Não cabe ao TSE resolver crise política. O julgamento será jurídico e judicial”, declarou.
“Organização Tabajara”
Segundo o jornal Estadão, Gilmar Mendes disse que costuma brincar que “o Brasil está se tornando uma grande organização Tabajara“. Conforme o texto do periódico paulista, o ministro também disse que “coloca as mãos na cabeça” se ouve ideias originárias de São Paulo.
“Tivemos dois impeachment no Brasil e estamos enfrentando agora uma grave crise política sem convulsão social. Temos que manter isso”, declarou ao Estadão.
Na sequência das declarações, Mendes ainda disse que o TSE “não é joguete de ninguém”, publicou O Globo. “Não venham para o tribunal dizer ‘vocês devem resolver uma crise que nós criamos’. Resolvam as suas crises“, afirmou.
Ainda segundo o ministro, o país está em um período de “normalidade institucional” – mesmo com a crise política da atualidade.
“O Brasil vive essas crises prolongadas e óbvio que nós estamos de novo numa fase de transição. Sem dúvida nenhuma nós estamos vivendo essa situação peculiar desde a crise iniciada no governo Dilma, que não se encerrou, e certamente estamos caminhando para uma nova fase“, declarou a’O Globo.